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Depoimento sobre estupro em república fica para terça
Campinas - Depois de ter sido adiado esta semana, o depoimento dos três universitários acusados de estuprar uma colega em Campinas está marcado para a próxima terça-feira. Deverá ocorrer com ou sem o laudo do Instituto de Criminalística sobre a gravação de conversas telefônicas entre a vítima e os acusados, que cumprem prisão temporária.
As gravações foram feitas pela vítima e não há previsão de quando o laudo estará concluído. Antes do depoimento dos três acusados, será ouvido o rapaz com quem a jovem mantinha um relacionamento amoroso e que a teria levado, junto com outros rapazes, à república onde moram os suspeitos e onde teria ocorrido o estupro.
Embora não haja um exame confirmando violência sexual, o advogado da vítima Ralph Tórtima Stettinger Filho afirmou que no inquérito estão comprovadas a violência física e a prática sexual. "Temos elementos de sobra para embasar a acusação", garantiu.
Depois de relatado o inquérito pela Polícia Civil à Justiça, o advogado tem seis meses para oferecer a queixa-crime e pedir a abertura do processo. Stettinger Filho disse que já está com a queixa-crime elaborada, esperando apenas que o inquérito seja relatado.
Reitor - O reitor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puc-Campinas), José Benedito de Almeida David, falou nesta sexta-feira pela primeira vez à imprensa desde que o caso foi divulgado, no início do mês. Disse lamentar "os fatos noticiados" e que a universidade está "solidária aos familiares de todos os envolvidos". O reitor repetiu que a Puc irá aguardar o resultado das investigações e, depois que a Justiça se manifestar, avaliar que medidas poderão ser adotadas. Não descartou que os rapazes, caso fique comprovado crime, sejam alvo de procedimentos internos e punição, de advertência a expulsão.
"Mas não podemos tomar nenhuma atitude antes do final do processo", alegou o reitor. Ele insistiu que "embora envolvam membros da comunidade", os fatos não ocorreram dentro da universidade. A Puc-Campinas foi informada do inquérito no final do ano passado, explicou, por meio da direção da faculdade de arquitetura, curso da vítima e dois dos acusados. O outro é aluno de jornalismo.
O reitor David acrescentou que a universidade vem adotando medidas de segurança, entre elas aumento da vigilância, renovação estratégica do contingente de guardas e instalação de câmeras de monitoramento. Mas disse que a Puc-Campinas não pode interferir no arbítrio dos 22.000 estudantes. "Consideramos o aluno um adulto, não um colegial", argumentou. Ele defendeu ainda que o uso de entorpecentes é um problema social. "Temos um trabalho pró-ativo de prevenção, não no sentido de reprimir, mas de orientar", acrescentou, citando a Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas implantada há 10 anos na universidade.
Até que o caso seja encerrado, afirmou o reitor, os três detidos continuam alunos da universidade. Ele lamentou que a jovem tenha optado por mudar de faculdade e transferir-se para São Paulo. "Oferecemos apoio, solidariedade e orientação a ela e sua família", garantiu.
As gravações foram feitas pela vítima e não há previsão de quando o laudo estará concluído. Antes do depoimento dos três acusados, será ouvido o rapaz com quem a jovem mantinha um relacionamento amoroso e que a teria levado, junto com outros rapazes, à república onde moram os suspeitos e onde teria ocorrido o estupro.
Embora não haja um exame confirmando violência sexual, o advogado da vítima Ralph Tórtima Stettinger Filho afirmou que no inquérito estão comprovadas a violência física e a prática sexual. "Temos elementos de sobra para embasar a acusação", garantiu.
Depois de relatado o inquérito pela Polícia Civil à Justiça, o advogado tem seis meses para oferecer a queixa-crime e pedir a abertura do processo. Stettinger Filho disse que já está com a queixa-crime elaborada, esperando apenas que o inquérito seja relatado.
Reitor - O reitor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puc-Campinas), José Benedito de Almeida David, falou nesta sexta-feira pela primeira vez à imprensa desde que o caso foi divulgado, no início do mês. Disse lamentar "os fatos noticiados" e que a universidade está "solidária aos familiares de todos os envolvidos". O reitor repetiu que a Puc irá aguardar o resultado das investigações e, depois que a Justiça se manifestar, avaliar que medidas poderão ser adotadas. Não descartou que os rapazes, caso fique comprovado crime, sejam alvo de procedimentos internos e punição, de advertência a expulsão.
"Mas não podemos tomar nenhuma atitude antes do final do processo", alegou o reitor. Ele insistiu que "embora envolvam membros da comunidade", os fatos não ocorreram dentro da universidade. A Puc-Campinas foi informada do inquérito no final do ano passado, explicou, por meio da direção da faculdade de arquitetura, curso da vítima e dois dos acusados. O outro é aluno de jornalismo.
O reitor David acrescentou que a universidade vem adotando medidas de segurança, entre elas aumento da vigilância, renovação estratégica do contingente de guardas e instalação de câmeras de monitoramento. Mas disse que a Puc-Campinas não pode interferir no arbítrio dos 22.000 estudantes. "Consideramos o aluno um adulto, não um colegial", argumentou. Ele defendeu ainda que o uso de entorpecentes é um problema social. "Temos um trabalho pró-ativo de prevenção, não no sentido de reprimir, mas de orientar", acrescentou, citando a Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas implantada há 10 anos na universidade.
Até que o caso seja encerrado, afirmou o reitor, os três detidos continuam alunos da universidade. Ele lamentou que a jovem tenha optado por mudar de faculdade e transferir-se para São Paulo. "Oferecemos apoio, solidariedade e orientação a ela e sua família", garantiu.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346229/visualizar/
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