UDR quer evitar vistoria em fazendas para avaliar produtividade

Sorocaba - O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse que o governo federal está semeando a discórdia no campo, ao comentar a decisão da Justiça de cassar a liminar que impedia as vistorias pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 422 municípios do Rio Grande do Sul, para verificação dos índices de produtividade.

Segundo ele, haverá revolta dos produtores que consideram a vistoria inoportuna diante das condições climáticas ocorridas este ano. "Eles perderam toda a produção por causa da seca e vistoriar agora, será um jogo de cartas marcadas", disse.

As terras, segundo ele, ficarão sujeitas à desapropriação para a reforma agrária porque os índices altamente negativos da última safra irão refletir sobre a produção dos anos anteriores. Segundo Nabhan, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) vai entrar com agravo contra a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, despachada na última quarta-feira.

Para o presidente da UDR, isso não basta. "É preciso que o Ministério da Reforma Agrária verifique também os índices de produtividade econômica e social dos assentamentos, que são mantidos com o dinheiro do contribuinte."

O ruralista aposta que eles não atendem a critérios mínimos de produtividade. Ele conta que protocolou proposta de criação de uma comissão técnica isenta para verificar a produção dos assentamentos, tanto na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, quanto na CPI da Terra. "Estou à espera de uma