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Argentina se surpreende com prisão de jogador no Brasil
A Argentina ficou surpresa com a prisão do jogador Leandro Desábato no Brasil por ofender o atacante Grafite com declarações de cunho racista durante uma partida porque as provocações verbais são comuns no ambiente do futebol.
De acadêmicos a jogadores e até um ministro disseram que os insultos ou discussões dentro de campo são fruto de paixão e parte dos códigos internos e nem sempre trata-se de ataques discriminatórios.
"O racismo existe em todos as partes e se no Brasil eles têm esse tipo de problema, que o resolvam fora, não em um campo de futebol", disse Diego Maradona, que chamava de "negro" o jogador camaronês Alphonse Tchamí que foi seu companheiro no Boca Juniors.
A Argentina tem uma população de raça negra muito reduzida.
Desábato, do Quilmes, ficou detido da noite de quarta até esta sexta-feira depois que Grafite o denunciou por ter se sentido ofendido com as palavras do argentino durante partida vencida pelo São Paulo por 3 x 1, pela Copa Libertadores.
De acordo com o delegado Dejar Gomes Neto, Desábato admitiu em depoimento ter chamado Grafite de "negrito" e disse não ter se arrependido.
"Não se pode tomar como discriminação quando há tanta adrenalina", disse a jornalistas o ministro do Interior argentino, Aníbal Fernández.
Os especialistas de futebol na Argentina costumam chamar de "negros" os jogadores desta etnia —quase sempre estrangeiros— e atualmente a torcida do Boca chama o lateral Baiano de "negro".
Quando o brasileiro marcou seu primeiro gol pelo clube, os torcedores gritaram: "Ole Ole Ole, negro, negro!".
"Na Argentina ninguém vai preso por um insulto assim", disse à Reuters Enrique Oteiza, presidente do Instituto Nacional contra a Discriminação.
"A lei de discriminação na Argentina não tem capacidade penal, e para que ocorra tem que estar associada a outro delito", completou.
Para Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), tudo parece ter sido "orquestrado e se magnificou algo que é muito comum num campo de futebol, onde o jogador está com as pulsações muito altas".
De acadêmicos a jogadores e até um ministro disseram que os insultos ou discussões dentro de campo são fruto de paixão e parte dos códigos internos e nem sempre trata-se de ataques discriminatórios.
"O racismo existe em todos as partes e se no Brasil eles têm esse tipo de problema, que o resolvam fora, não em um campo de futebol", disse Diego Maradona, que chamava de "negro" o jogador camaronês Alphonse Tchamí que foi seu companheiro no Boca Juniors.
A Argentina tem uma população de raça negra muito reduzida.
Desábato, do Quilmes, ficou detido da noite de quarta até esta sexta-feira depois que Grafite o denunciou por ter se sentido ofendido com as palavras do argentino durante partida vencida pelo São Paulo por 3 x 1, pela Copa Libertadores.
De acordo com o delegado Dejar Gomes Neto, Desábato admitiu em depoimento ter chamado Grafite de "negrito" e disse não ter se arrependido.
"Não se pode tomar como discriminação quando há tanta adrenalina", disse a jornalistas o ministro do Interior argentino, Aníbal Fernández.
Os especialistas de futebol na Argentina costumam chamar de "negros" os jogadores desta etnia —quase sempre estrangeiros— e atualmente a torcida do Boca chama o lateral Baiano de "negro".
Quando o brasileiro marcou seu primeiro gol pelo clube, os torcedores gritaram: "Ole Ole Ole, negro, negro!".
"Na Argentina ninguém vai preso por um insulto assim", disse à Reuters Enrique Oteiza, presidente do Instituto Nacional contra a Discriminação.
"A lei de discriminação na Argentina não tem capacidade penal, e para que ocorra tem que estar associada a outro delito", completou.
Para Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), tudo parece ter sido "orquestrado e se magnificou algo que é muito comum num campo de futebol, onde o jogador está com as pulsações muito altas".
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346265/visualizar/
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