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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 15 de Abril de 2005 às 19:33
Por: Priscilla Mazenotti

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Brasília - Os 69 médicos cubanos que foram impedidos por decisão judicial de seguir com seu trabalho no programa Saúde da Família no Tocantins embarcaram no aeroporto de Brasília, no início da tarde, de volta para Cuba.

De acordo com a sentença, expedida pelo juiz Marcelo Velasco Albernaz, da 1ª vara de Justiça do Tocantins, é preciso que os profissionais do estado exerçam regularmente a medicina. Os médicos cubanos estavam trabalhando sem ter seus diplomas validados no Brasil. "Da mesma forma que o estado contrata, hoje, médicos estrangeiros ilegais, poderá, amanhã, sob o mesmo fundamento, querer se utilizar de curandeiros", diz o juiz em sua sentença.

Os médicos cubanos trabalhavam no Tocantins desde 1997, por meio de convênio do estado com Cuba. Ao todo, prestavam atendimento a uma população basicamente carente de 60 municípios do estado. O Conselho Regional de Medicina do Tocantins, autor da sentença, alega que os postos de trabalho deveriam ser ocupados por médicos registrados e com diploma válido no país.

Para Mercedes Cárdenas, uma das médicas cubanas que voltou para seu país hoje, a situação é mais difícil para a população que recebia tratamento do que para os próprios profissionais. "Mas o governo brasileiro é competente e vai resolver essa situação", acredita.

Gustavo Gonçalez, outro dos médicos, tem a mesma opinião. Para ele, a proibição dos médicos trabalharem no Brasil é injusta. "Atendemos pessoas carentes que precisavam de atenção médica. Ainda que seja uma situação de Justiça, é injusto, porque estávamos fazendo um trabalho de qualidade", ressaltou.





Fonte: Agência Brasil

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