Jogador argentino terá que aguardar julgamento no Brasil

São Paulo - O jogador de futebol argentino Leandro Desábato pode ser solto a qualquer momento, mas terá de ficar no Brasil. Ele permanece preso no 13º Distrito Policial da Casa Verde, aguardando a chegada de seus advogados ou de qualquer pessoa que traga o alvará de soltura.

Segundo a secretaria do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do Fórum Criminal da Barra Funda, o alvará de soltura foi expedido e assinado ontem (14), pelo juiz Marcos Alexande Zilli, e os funcionários do setor estão instruídos a entregar o documento imediatamente após a apresentação do recibo de pagamento da fiança estipulada em R$ 10 mil. O atraso na libertação do zagueiro argentino se deve, em princípio, ao fato de que as agências da Caixa Econômica Federal na capital só abrem às 10h.

De acordo com a secretaria do Dipo, o despacho do juiz é claro ao definir que Desábato deverá permanecer no Brasil. Ao deixar a delegacia, Desábato ainda precisará passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

Segundo o delegado seccional da Casa Verde, Ítalo Miranda, o jogador do Quilmes passou bem a noite e só manteve contato com o carcereiro. Por questões de segurança, ele está sozinho na cela.

O zagueiro do Quilmes foi indiciado pelo crime de injúria pessoal, com agravante de racismo. Neste caso, a pena prevista é de um a três anos de reclusão, mas pode ser convertida em pena alternativa, geralmente com prestação de serviços comunitários. Ele foi preso logo após o jogo de quarta-feira à noite contra o São Paulo, no Morumbi, pela Taça Libertadores. Durante a partida ele ofendeu o jogador Grafite, atacante do time paulista.