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Presos PMs acusados de extorquir holandês no Rio
Dois soldados foram presos em flagrante pela Operação Navalha na Carne, na noite da última quarta-feira, acusados de extorquir o turista holandês Roger Peeters, 36 anos, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Em depoimento na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), Peeters disse que caminhava pela avenida Atlântica em direção ao Leme, por volta das 16h, quando foi abordado por um homem negro que lhe ofereceu um pacote com pó branco que seria droga. O turista afirmou ter negado a oferta do homem que se identificou como Luís, mas aceitou o convite para que se sentassem num quiosque próximo ao Posto 5.
De acordo com o holandês, logo depois surgiu um policial militar, fardado com o uniforme próprio para o policiamento na orla, que apontou para o chão onde estava o pacote e afirmou que o mesmo lhe pertencia. Segundo Peeters, o PM exigiu que ele entregasse todo o dinheiro que possuía, sob a ameaça de ser levado para a Polícia Federal e deportado.
Extorsão
Em seu relato, Peeters disse que só tinha R$ 61. Diante da resposta, o PM teria sugerido que ele usasse o cartão magnético para sacar a quantia de R$ 1,5 mil ou fosse ao hotel pegar o dinheiro, o que, segundo o turista, ele não aceitou. O holandês afirmou que todo o diálogo foi traduzido pelo homem que se identificou como Luís.
Diante da negativa, Peeters disse ter sido revistado e levado pelo soldado para o interior do Posto de Salvamento do Corpo de Bombeiros, onde havia outro PM. Em seu depoimento, o holandês afirmou ter entregado os R$ 61 (em três notas de R$ 50, R$ 10 e R$ 1), e sido liberado, em seguida. Após deixar o local, o holandês procurou uma patrulha do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) e relatou o ocorrido. As soldados Raquel da Silva e Tatiane da Silva de Oliveira Motta conduziram a vítima à Deat, para registrar a ocorrência.
Comunicado imediatamente da denúncia, o comandante do 19° BPM, tenente-coronel Dario Cony, reuniu os oito policiais que estavam de serviço na praia, para que o turista fizesse o reconhecimento. O holandês reconheceu os soldados Vítor Lopes Cabral, do 3° BPM (Méier), e Paulo Roberto Alves Gomes, do 6° BPM (Tijuca), cedidos ao 19° BPM (Copacabana) para o Programa de Policiamento Especial de Praia, como autores da extorsão. Além disso, apontou como sendo suas as notas de R$ 50 e R$ 10 encontradas, respectivamente, nas carteiras de Vítor e Gomes.
Em seus depoimentos, os dois PMS se limitaram a dizer que "os fatos descritos não condizem com a verdade, não havendo mais nada a declarar". Autuados em flagrante por extorsão, Vítor está preso no 3° BPM (Méier) e Gomes, no 4° BPM (São Cristóvão). A Deat está tentando identificar o homem que se apresentou ao holandês como Luís e investiga se ele teria alguma ligação com o crime de extorsão.
Em depoimento na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), Peeters disse que caminhava pela avenida Atlântica em direção ao Leme, por volta das 16h, quando foi abordado por um homem negro que lhe ofereceu um pacote com pó branco que seria droga. O turista afirmou ter negado a oferta do homem que se identificou como Luís, mas aceitou o convite para que se sentassem num quiosque próximo ao Posto 5.
De acordo com o holandês, logo depois surgiu um policial militar, fardado com o uniforme próprio para o policiamento na orla, que apontou para o chão onde estava o pacote e afirmou que o mesmo lhe pertencia. Segundo Peeters, o PM exigiu que ele entregasse todo o dinheiro que possuía, sob a ameaça de ser levado para a Polícia Federal e deportado.
Extorsão
Em seu relato, Peeters disse que só tinha R$ 61. Diante da resposta, o PM teria sugerido que ele usasse o cartão magnético para sacar a quantia de R$ 1,5 mil ou fosse ao hotel pegar o dinheiro, o que, segundo o turista, ele não aceitou. O holandês afirmou que todo o diálogo foi traduzido pelo homem que se identificou como Luís.
Diante da negativa, Peeters disse ter sido revistado e levado pelo soldado para o interior do Posto de Salvamento do Corpo de Bombeiros, onde havia outro PM. Em seu depoimento, o holandês afirmou ter entregado os R$ 61 (em três notas de R$ 50, R$ 10 e R$ 1), e sido liberado, em seguida. Após deixar o local, o holandês procurou uma patrulha do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) e relatou o ocorrido. As soldados Raquel da Silva e Tatiane da Silva de Oliveira Motta conduziram a vítima à Deat, para registrar a ocorrência.
Comunicado imediatamente da denúncia, o comandante do 19° BPM, tenente-coronel Dario Cony, reuniu os oito policiais que estavam de serviço na praia, para que o turista fizesse o reconhecimento. O holandês reconheceu os soldados Vítor Lopes Cabral, do 3° BPM (Méier), e Paulo Roberto Alves Gomes, do 6° BPM (Tijuca), cedidos ao 19° BPM (Copacabana) para o Programa de Policiamento Especial de Praia, como autores da extorsão. Além disso, apontou como sendo suas as notas de R$ 50 e R$ 10 encontradas, respectivamente, nas carteiras de Vítor e Gomes.
Em seus depoimentos, os dois PMS se limitaram a dizer que "os fatos descritos não condizem com a verdade, não havendo mais nada a declarar". Autuados em flagrante por extorsão, Vítor está preso no 3° BPM (Méier) e Gomes, no 4° BPM (São Cristóvão). A Deat está tentando identificar o homem que se apresentou ao holandês como Luís e investiga se ele teria alguma ligação com o crime de extorsão.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346432/visualizar/
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