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Internacional
Sexta - 15 de Abril de 2005 às 10:41

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Montecarlo - O caixão com os restos mortais do príncipe Rainier III de Mônaco, acompanhado por seus três filhos, Caroline, Albert e Stéphanie, foi hoje para a Catedral de Mônaco, onde foi iniciada a cerimônia religiosa. Na catedral, fechada ao público, estão presentes chefes de Estado, representantes de governo, soberanos e representantes de casas reais, como o presidente da França, Jacques Chirac, e o rei Juan Carlos, da Espanha.

O arcebispo de Mônaco, Bernard Barsi, elogiou a figura de Rainier, que "soube construir laços profundos com seu povo" e ser, "além de um soberano, um amigo, um membro da família", nos funerais de Estado do príncipe. "Os príncipes de Mônaco sempre consideraram que os monegascos e os residentes constituíam uma família em torno deles. Esta comunidade se sente órfã desse grande homem que nos amou e a quem respeitamos e estimamos", afirmou o arcebispo em sua homilia durante a cerimônia fúnebre em que vários chefes de Estado e numerosos membros de casas reais estiveram presentes.

Barsi pediu a todos os monegascos que rezassem pela alma do príncipe e pedissem a Deus que dê forças a sua família para superar a dor pela morte de quem lhes governou desde 1949.

"O príncipe Rainier III identificou-se totalmente com sua missão, buscou sem descanso a felicidade dos homens e das mulheres do principado. Sua ação foi considerável e não teremos tempo para medir plenamente sua magnitude, porque fez Mônaco entrar no terceiro milênio", afirmou.

O arcebispo, que celebrou os funerais com outros clérigos, elogiou o trabalho do "Príncipe Construtor" e também seu "compromisso científico, humanitário, ecológico, cultural, na educação e no esporte".

"Enquanto a história dos povos nos ensina que (os soberanos) aumentaram os limites de seus territórios através de guerras e conflitos violentos, ele, na paz e na harmonia, e com uma obra de titã, acrescentou ao território nacional cerca de 20%", afirmou.

Barsi disse que "esse espaço ganho ao mar, permitiu criar e desenvolver uma vida econômica capaz de oferecer um futuro aos filhos do Principado" e lembrou o desejo do príncipe de que "esse desenvolvimento econômico fosse acompanhado por um progresso social em benefício dos nacionais e dos estrangeiros que residem ou trabalham no principado".

"(Rainier) Dotou o nosso país de uma Constituição e instrumentos jurídicos que permitem a Mônaco ser, com suas particularidades, um Estado de direito, uma democracia capaz de enfrentar os desafios do futuro", disse o clérigo, lembrando que em seu mandato o país entrou na ONU e no Conselho da Europa, entre outras organizações.

Monsenhor Barsi elogiou sua "busca pelo bem comum, a gestão sábia, o sentido do dever e a honestidade intelectual", que "asseguraram o presente e o futuro" do principado. "Com um imenso reconhecimento, recebemos a herança e devemos fazê-la frutificar", disse o arcebispo, seguro de que, com Albert II, Mônaco "escreverá outras grandes e nobres páginas em sua história".

O arcebispo também enalteceu "o homem, o esposo, o pai atento e afetuoso" e lembrou o "casal excepcional, unido pelo corpo e pelo espírito" que formava com Grace, morta em 1982 num acidente de carro. "Estamos convencidos de que os que estiveram unidos aqui na fidelidade do seu amor conjugal estarão unidos para sempre na plenitude de seu amor a Deus", disse.





Fonte: ANSA/EFE

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