Comércio cuiabano registra queda nas vendas neste trimestre

O desaquecimento do setor do agronegócio desacelerou as vendas no comércio em Cuiabá. O primeiro trimestre de 2005 registrou baixa de 2,36% em relação ao mesmo período de 2004 conforme dados do Serviço de Proteção de Crédito (SPC Brasil) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL).

O mês de março ficou com o pior desempenho no número de verificações de crédito. Foram 28.217 consultas a menos que àquelas realizadas em período similar ao ano passado, o que representa o decréscimo de 18,08%.

“Como já afirmei outras vezes, os negócios relacionados ao campo enfrentam uma crise de preços, e conseqüentemente, de queda na produção e na comercialização. Como o comércio está na ponta da economia, ele é o primeiro a sentir o reflexo dessa crise”, avalia Roberto Carvalho de Almeida, presidente da CDL Cuiabá.

Já em Mato Grosso, foram 219.387 consultas realizadas durante o terceiro mês do ano, ou seja, alta de 1,82% diante do total registrado em 2004. Com este resultado, o Estado cai uma posição na classificação de consultas nacionais, ocupando agora a 13ª colocação do ranking. À frente, constam estados como Distrito Federal, Ceará e Pernambuco. A primeira posição é ocupada por São Paulo, seguido pelo Rio Grande do Sul, Minas, Santa Catarina.

INADIMPLÊNCIA

Além da queda do número de consultas, o aumento de registros na base de dados do SPC Brasil foi um dos comportamentos registrados pelo Serviço neste mês de março.

Foram 43.811 novos bloqueios de crédito, 25.570 pessoas a mais que as inclusas em período similar ao ano passado. Entre os primeiros três meses do ano, março foi aquele com maior número de créditos bloqueados, ficando a frente de janeiro, com 36.951 registros e fevereiro, com 31.306 registros.

Entretanto, em relação ao número de pessoas que quitaram dívidas, março também ficou a frente dos dois primeiros. Houve 9.472 exclusões a mais que as efetivadas em 2004, registrando 18.709 exclusões.

Na comparação trimestral com 2004, o ano de 2005 registrou o aumento de 153,9% no número registros de inclusões contra a alta de 126,02% no número de pessoas quitando suas dívidas.