Cadáver de Sávio Brandão será exumado para exame

Será exumado hoje, no Cemitério da Piedade, no bairro do Porto, o cadáver do empresário Domingos Sávio Brandão. Proprietário do Jornal Folha do Estado, Sávio Brandão foi executado a tiros no dia 30 de setembro de 2002. O motivo da exumação seria a coleta de material orgânico para a realização de exame de DNA, que confirmaria a paternidade do filho que ele teve com Isabela Brandão, que estava grávida de sete meses quando ele foi assassinado.

Procurada pela reportagem de A Gazeta, Isabela Brandão não estava na empresa. A diretora de redação, jornalista Marisa Batalha, disse que ela não se pronunciaria sobre o assunto porque se trata de uma questão familiar. Mas segundo fontes, o pedido teria partido da mãe e da irmã do empresário, respectivamente Josephina Paes de Barros Lima e Luiza Marília de Barros Lima, que brigam na Justiça com Isabela pelos bens deixados pelo empresário. Por enquanto, Isabela vem obtendo vitórias.

E os bens não são poucos. Além da empresa de comunicação, Sávio Brandão era proprietário de três empresas de segurança (Cormat, O Vigilante e MT Vigilância), uma construtora, uma empresa de prestação de serviço (Prestserv), e do laboratório Diagnose, em Cuiabá. O empresário também chegou a ser proprietário de uma faculdade.

Apesar da informação ter sido confirmada por fontes ligadas à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Instituto Médico Legal (IML) nega ter qualquer exumação marcada para hoje. São usados para o exame certa quantidade de cabelo, dentes, pedaços de tecidos, músculos ou ossos.

A Gazeta não conseguiu contatar a mãe e a irmã de Sávio

Crime - Sávio foi morto em uma emboscada na tarde do dia 30, em frente à nova sede da Folha, no bairro Consil. Todos os envolvidos no crime estão presos. Entre eles o autor dos disparos, o ex-cabo da Polícia Militar, Hércules de Araújo Agostinho; o ex-policial Célio Alves de Souza, que monitorava os passos de Sávio, o piloto da moto, Belo, e João Arcanjo Ribeiro, apontado como o mandante do crime.