Família não acredita em morte de brasileiro seqüestrado

Rio de Janeiro - A família do engenheiro João José Vasconcellos Jr., seqüestrado no Iraque em janeiro, não acredita que ele esteja morto, como noticiou o Jornal Nacional. O correspondente da Rede Globo em Jerusalém, Marcos Losekann, atribuiu a informação a uma "fonte britânica" na cidade. A irmã do engenheiro, Isabel Vasconcellos, aponta a falta de uma prova e o anonimato da fonte como fatores que levam a família a não considerar a informação verdadeira. "Pode até ser verdade. Mas não podemos acreditar em uma fonte que não se apresenta e não dá prova de nada", disse ela. "Não trabalhamos com isso, mas com a tentativa de localizá-lo com vida".

O brasileiro teria morrido ao chegar no cativeiro, em conseqüência de ferimentos sofridos no momento da abordagem dos seqüestradores. Ainda de acordo com a reportagem do Jornal Nacional, um "grupo que se diz responsável pelo seqüestro" teria exigido US$ 400 mil para liberar o corpo do engenheiro. Com a ressalva de que para o Itamaraty Vasconcellos Jr. está vivo, o correspondente disse que o governo brasileiro tenta confirmar se o grupo realmente o seqüestrou e obter uma prova de sua condição.

Isabel ressaltou que a Odebrecht nega ter sofrido qualquer tentativa de extorsão por parte dos supostos seqüestradores. "Não há nenhum pedido de dinheiro. A Odebrecht não está negociando liberação de corpo. Apenas quem trouxesse uma informação confirmada poderia receber uma recompensa".