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Quinta - 14 de Abril de 2005 às 22:00

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Jane Fonda está de volta com uma autobiografia que os críticos estão elogiando por sua franqueza, além de um filme novo em que ela faz algo que raramente fez durante sua época áurea em Hollywood: se diverte com uma atuação propositalmente exagerada. A atriz ganhadora do Oscar, agora com 67 anos, ficou mais de uma década longe dos holofotes. E, mais uma vez, está tendo com seus dois novos trabalhos a reação mista de adoração e ultraje que antigamente acompanhava cada passo de sua vida muito pública.

"My Life So Far", a autobiografia de Jane Fonda, descreve em detalhes dolorosos como ela mudou seu corpo totalmente para agradar a seu falecido pai, Henry Fonda, e a três maridos.

Ela conta como organizava encontros sexuais a três para seu primeiro marido, Roger Vadim, fala dos 20 anos que passou combatendo a bulimia e de alguns remorsos envolvendo sua viagem a Hanói para fazer oposição à Guerra do Vietnã.

Como muitas cartas a jornais e telefonemas feitos a talk shows vêm mostrando nas últimas semanas, Jane Fonda continua a funcionar como ímã de polêmicas. Mas ela diz que hoje compreende e aceita seu papel de ícone norte-americano eterno.

"Tenho que assumir a responsabilidade pelo fato de que represento para as pessoas algo que vai além de minha pessoa", disse Fonda a alguns jornalistas, em entrevista concedida para falar de "Monster-in-Law", no qual ela representa a sogra enfurecida de Jennifer Lopez.

DEFENDENDO SEUS VALORES

"Represento um movimento. Represento um conjunto de valores. Preciso conviver com isso e não decepcionar a mim mesma. Precisamos encarnar nossos valores."

"Tudo o que está em meu livro está lá por algum motivo", disse a atriz. "Para entender de onde eu vim, para que possa ter chegado aos 67 anos e me sentir como se fosse o começo, é preciso saber até que ponto eu já me traí."

"Eu pensava que não era boa o suficiente, tanto que me dispunha a servir de capacho para agradar aos homens de minha vida", disse Fonda. "E não posso apenas dizer isso teoricamente. Preciso explicar o que isso significava, de maneira palpável."

Ao divulgar "Monster-in-Law", Fonda disse que não pretendia voltar a atuar depois de seu último filme, "Stanley & Iris", de 1990. Ela parou de atuar em parte porque seu terceiro marido, o bilionário Ted Turner, de quem se divorciou em 2001, lhe pediu que parasse.

"Hoje sou uma pessoa realmente diferente, e senti curiosidade em ver se eu poderia voltar a sentir prazer em atuar."

Ela se interessou por "Monster-in-Law", comédia romântica dirigida por Robert Luketic, de "Legalmente Loira", por causa da comédia física necessária para sua representação da âncora neurótica de telejornal Viola Fields.

Jane Fonda disse que ficou aliviada ao constatar que Jennifer Lopez, 35 anos, não se parece em nada com sua reputação divulgada nos tablóides.

"Fiquei um pouco preocupada porque eu não sabia se ela seria uma diva... mas ela é inteligente, e isso é tudo o que importa", disse Fonda. "Ela é profissional. Ela chegava nos horários certos e sabia o que fazer."

Fonda não exclui a possibilidade de outros trabalhos no cinema "de vez em quando ... se forem divertidos", mas disse que suas prioridades são sua família e seu trabalho, ajudando mulheres jovens a reencontrar sua auto-estima.

Por sua parte, Jennifer Lopez disse que, superada seu receio inicial, ela se divertiu muito trabalhando com Fonda.

"Confio no meu taco, mas, mesmo assim, a gente treme nas bases quando Jane Fonda entra na sala. Não dá para evitar", disse Lopez.




Fonte: Reuters

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