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Polícia Brasil
Terça - 04 de Dezembro de 2012 às 20:37

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Um bancário, de 27 anos, estudante de direito, foi agredido na noite de segunda-feira (3) quando caminhava pela Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Dois suspeitos, de 25 e 29 anos, foram presos em flagrante. Eles responderão por tentativa de homicídio e serão investigados por suspeita de homofobia por uma delegacia especializada.

Segundo o relato do jovem à polícia, a agressão ocorreu na esquina com a Rua Teodoro Sampaio. O bancário caminhava na calçada quando ouviu gritos de ocupantes de um veículo. Ao questionar o motivo dos xingamentos, um deles teria descido do carro e houve uma discussão. A vítima relatou à polícia ter sido agredida com golpes na cabeça. A discussão só foi controlada com a chegada da Polícia Militar.

"A vítima relatou em seu depoimento que estava caminhando quando homens em um carro passaram ao seu lado e começaram a xingá-lo. Os dizeres, segundo a vítima, seriam preconceituosos, referiam-se a homofobia, ele disse ter sido chamado de "veado", mas o delegado que registrou o caso entendeu que não houve homofobia e o registrou como tentativa de homicídio", disse ao G1 o delegado Paulo Roberto Nascimento de Oliveira, do 14º DP.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe. A homofobia por parte dos agressores pode ter sido outra motivação, de acordo com Margarete Barreto, delegada titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que vai acompanhar as investigações do caso.

"O delegado contextualizou de que forma ocorreram as agressões e os xingamentos e uma das motivações é homofobia. Abrimos uma pasta para este caso e vamos levantar se os agressores têm alguma ligação com grupos de intolerância", disse a delegada. Neste caso, homofobia seria um agravante a ser levado em consideração em eventual julgamento.

O jovem agredido foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro da Lapa, mas já foi liberado e passa bem, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).






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