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No Senegal, Lula pede perdão pela escravatura
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu "perdão pelo que fizemos aos negros" durante uma visita à Ilha de Gorée, na costa do Senegal, de onde escravos africanos eram transportados para as Américas.
"Vi fotografias de muitas personalidades que vieram aqui, mas apenas uma, que morreu e foi enterrada na sexta-feira (papa João Paulo 2º), teve a humildade de vir aqui e pedir perdão", disse.
"(A dor da escravidão) é como dor de cálculo renal. Não adianta contar, só sentindo", comparou.
Lula disse que a passagem pela Ilha de Gorée foi o que mais o impressionou na viagem de cinco dias à África, que termina hoje no Senegal.
"Eu queria dizer ao presidente (do Senegal, Abdulaye) Wade, ao povo do Senegal e da África que não tenho nenhuma responsabilidade pelo que aconteceu nos séculos 16, 17 e 18, mas que é uma boa política dizer ao povo do Senegal e da África perdão pelo que fizemos aos negros."
'Povo maravilhoso' O presidente disse que a Europa precisou dos escravos que tirou da África para se tornar um continente rico.
"O fato de a África ser um continente economicamente e industrialmente atrasado não é porque os africanos não têm competência ou inteligência. É porque por três ou mais séculos se tiraram daqui as pessoas mais saudáveis", disse.
"Mas essas pessoas e seu sofrimento ajudaram a construir o meu país. Se não fosse a miscigenação, não teríamos o povo maravilhoso que é o brasileiro."
Lula disse esperar que, "em 40 ou 50 anos, não estejamos aqui apenas lembrando essa tristeza, mas também comemorando o sucesso de nossos países".
Emoção
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, que também participou da visita, cantou sem instrumentos a música L'Ile de Gorée, que ele compôs com Capinam e que está em seu disco Parabolicamará.
A letra em francês diz que a pele dos negros é uma bandeira que representa o sofrimento, mas que é a mesma pele que cobre todas as pessoas do mundo.
O presidente Wade ficou emocionado ao ouvir a música de Gil e abraçou o cantor quando ele terminou de cantar.
O presidente Lula se encontra com representantes da comunidade brasileira no Senegal e assina atos com o governo do país antes de voltar para o Brasil nesta quinta-feira.
"Vi fotografias de muitas personalidades que vieram aqui, mas apenas uma, que morreu e foi enterrada na sexta-feira (papa João Paulo 2º), teve a humildade de vir aqui e pedir perdão", disse.
"(A dor da escravidão) é como dor de cálculo renal. Não adianta contar, só sentindo", comparou.
Lula disse que a passagem pela Ilha de Gorée foi o que mais o impressionou na viagem de cinco dias à África, que termina hoje no Senegal.
"Eu queria dizer ao presidente (do Senegal, Abdulaye) Wade, ao povo do Senegal e da África que não tenho nenhuma responsabilidade pelo que aconteceu nos séculos 16, 17 e 18, mas que é uma boa política dizer ao povo do Senegal e da África perdão pelo que fizemos aos negros."
'Povo maravilhoso' O presidente disse que a Europa precisou dos escravos que tirou da África para se tornar um continente rico.
"O fato de a África ser um continente economicamente e industrialmente atrasado não é porque os africanos não têm competência ou inteligência. É porque por três ou mais séculos se tiraram daqui as pessoas mais saudáveis", disse.
"Mas essas pessoas e seu sofrimento ajudaram a construir o meu país. Se não fosse a miscigenação, não teríamos o povo maravilhoso que é o brasileiro."
Lula disse esperar que, "em 40 ou 50 anos, não estejamos aqui apenas lembrando essa tristeza, mas também comemorando o sucesso de nossos países".
Emoção
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, que também participou da visita, cantou sem instrumentos a música L'Ile de Gorée, que ele compôs com Capinam e que está em seu disco Parabolicamará.
A letra em francês diz que a pele dos negros é uma bandeira que representa o sofrimento, mas que é a mesma pele que cobre todas as pessoas do mundo.
O presidente Wade ficou emocionado ao ouvir a música de Gil e abraçou o cantor quando ele terminou de cantar.
O presidente Lula se encontra com representantes da comunidade brasileira no Senegal e assina atos com o governo do país antes de voltar para o Brasil nesta quinta-feira.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346677/visualizar/
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