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Educação/Vestibular
Quinta - 14 de Abril de 2005 às 10:50
Por: Neusa Baptista

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Vamos investir no que já temos, modernizar, pois não podemos continuar fazendo tudo manualmente”. A afirmação é da diretora da escola municipal agrícola Tancredo de Almeida Neves, do município de Alto Garças, Luzia Couto. Ela foi uma das representantes das 17 escolas selecionadas para o Programa de Educação Profissional no Campo (Eprocampo), programa do Governo do Estado que vai destinar R$ 2 milhões para a reestruturação física de escolas agrícolas.

Representantes das 17 escolas selecionadas se reuniram nesta quarta-feira (13.04), com o presidente do Ceprotec (Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica), Luis Fernando Caldart, e com a secretária de Estado de Ciência e Tecnologia, Flávia Nogueira, a fim de discutir sobre as necessidades de cada escola e como o recurso será investido.

A escola Tancredo de Almeida Neves atende 116 alunos. Com 200 pés de acerola e três de tamarindo, a diretora Luzia Couto quer investir na mecanização, adquirindo uma despolpadeira para a retirada da polpa das frutas. Outro projeto é comprar uma ordenhadeira, com a qual a escola poderá dinamizar a retirada de leite das oito cabeças de gado que possui.

Tornar-se um pólo de inseminação artificial é o projeto da escola municipal rural produtiva Ranchão, do município de Nova Mutum. Segundo a diretora, Marizete Luchtemberg, a procura pela inseminação é muito grande no município, que conta com cerca de mil propriedades rurais.

Com a verba do Eprocampo, a idéia é melhorar a estrutura na qual os alunos do curso de técnico agropecuário já realizam a inseminação artificial e atendem aos produtores locais. “Para o pequeno produtor é muito caro trazer um inseminador, pagar e adquirir o sêmen; por isso queremos prestar esse serviço”, disse ela.

A escola, que atende a 654 alunos, também pretende investir em produtos orgânicos, em parceria com alunos que vivem em assentamentos rurais, e em segurança no trabalho, solicitando cursos para conscientizar os trabalhadores sobre os acidentes no trabalho. “Como a região tem vocação agropecuária, acontecem muitos acidentes com maquinário”, observa ela.

Mato Grosso conta atualmente com 32 escolas agrícolas, das quais 17 estão em funcionamento. As selecionadas para o Eprocampo deverão montar projetos especificando quais as reais necessidades da escola em termos de maquinário, com custo de até R$ 200 mil.

SITUAÇÃO - De acordo com o presidente do Ceprotec, Luis Fernando Caldart, a maioria das prefeituras onde se localizam as escolas não estão com o cadastro em dia na Secretaria de Planejamento (Seplan), requisito necessário para que se firme o convênio com a escola. Essa providência terá que ser tomada pelas prefeituras, o que deve ser concluído até julho.

Além da reestruturação física das escolas, o Eprocampo também prevê a realização de cursos profissionalizantes, que serão ministrados pelo Ceprotec, pelas secretarias de Estado de Emprego, Trabalho e Cidadania (Setec) e de Desenvolvimento Rural (Seder). “Podemos também oferecer cursos em parceria: a Setec oferece o curso básico e o Ceprotec oferece o curso técnico na mesma área”, disse ele.

Caldart destacou que as escolas não receberão dinheiro e sim os materiais e a reforma do prédio. “Caso seja necessário algum tipo de capacitação para se lidar com um equipamento novo, por exemplo, nós podemos oferecer por meio da Seduc ou da Setec”.




Fonte: Assesoria/secifec-mt

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