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Repórter News - reporternews.com.br
Equador tem onda de protestos, mas líderes ainda buscam acordo
Manifestantes bloquearam ruas com pneus em chamas e paralisaram os transportes de Quito na quarta-feira, depois que o governo e o Congresso fracassaram em mais uma tentativa de acordo sobre o controle do Judiciário.
Gritando palavras de ordem contra o presidente Lucio Gutiérrez, funcionários públicos municipais em greve pararam as ruas da capital equatoriana desde o começo da manhã. Escolas e repartições municipais também foram fechadas. O prefeito de Quito, Paco Moncayo, do Partido da Esquerda Democrática (oposição), autorizou a greve.
Na terça-feira, o Congresso rejeitou uma proposta do governo para encerrar o impasse político aberto em dezembro, quando uma maioria temporária no Congresso substituiu todos os juízes da Suprema Corte.
Mas o ministro do Interior, Oscar Ayerve, disse à Reuters que um acordo pode estar próximo. O Congresso volta a negociar a questão na quinta-feira.
A crise inquieta os investidores e desperta as lembranças da turbulência que levou à queda de presidentes eleitos em 1997 e 2000. Os Estados Unidos e a ONU se dizem preocupados com a suposta interferência do governo no Judiciário.
O impasse adia a votação de projetos econômicos no Congresso e, por isso, Gutiérrez ofereceu demitir a atual Suprema Corte e criar um mecanismo mais independente para nomear os novos juízes.
Policiais e militares vigiaram o palácio presidencial e as ruas vizinhas. Dezenas de manifestantes gritavam: "Lucio fora! Democracia, sim! Ditadura, não!"
Políticos da oposição acusam Gutiérrez de buscar poderes excessivos e de usar o novo tribunal para arquivar denúncias de corrupção existentes contra seu aliado Abdalá Bucaram, que voltou do exílio no Panamá neste mês.
Os críticos dizem que, só agora que o ex-presidente Bucaram está são e salvo em seu reduto, Guayaquil, o governo e seus aliados se mostram dispostos a ceder o controle sobre os tribunais. Bucaram e seu partido apoiaram Gutiérrez em uma tentativa de impeachment, em 2004.
Ayerve disse que a nova Suprema Corte é menos tendenciosa que a anterior, a qual, segundo o governo, era dominada pelos partidos de oposição. "A nova corte é produto de acordos políticos no Congresso e também tem conexões políticas, embora menos que no passado", disse o ministro na terça-feira.
A situação de Gutiérrez melhorou na semana passada quando as Forças Armadas, que tradicionalmente agem como árbitro em questões políticas no Equador, declararam apoio a Gutiérrez, um ex-coronel eleito no final de 2002. Seu Partido da Sociedade Patriota tem apenas cinco deputados, e por isso ele depende de frágeis alianças para governar.
O presidente tem a seu favor também a divisão da oposição e o interesse dos Estados Unidos em manter a estabilidade no país, que exporta petróleo e faz fronteira com a turbulenta Colômbia.
(Reportagem adicional de Alexandra Valencia)
Gritando palavras de ordem contra o presidente Lucio Gutiérrez, funcionários públicos municipais em greve pararam as ruas da capital equatoriana desde o começo da manhã. Escolas e repartições municipais também foram fechadas. O prefeito de Quito, Paco Moncayo, do Partido da Esquerda Democrática (oposição), autorizou a greve.
Na terça-feira, o Congresso rejeitou uma proposta do governo para encerrar o impasse político aberto em dezembro, quando uma maioria temporária no Congresso substituiu todos os juízes da Suprema Corte.
Mas o ministro do Interior, Oscar Ayerve, disse à Reuters que um acordo pode estar próximo. O Congresso volta a negociar a questão na quinta-feira.
A crise inquieta os investidores e desperta as lembranças da turbulência que levou à queda de presidentes eleitos em 1997 e 2000. Os Estados Unidos e a ONU se dizem preocupados com a suposta interferência do governo no Judiciário.
O impasse adia a votação de projetos econômicos no Congresso e, por isso, Gutiérrez ofereceu demitir a atual Suprema Corte e criar um mecanismo mais independente para nomear os novos juízes.
Policiais e militares vigiaram o palácio presidencial e as ruas vizinhas. Dezenas de manifestantes gritavam: "Lucio fora! Democracia, sim! Ditadura, não!"
Políticos da oposição acusam Gutiérrez de buscar poderes excessivos e de usar o novo tribunal para arquivar denúncias de corrupção existentes contra seu aliado Abdalá Bucaram, que voltou do exílio no Panamá neste mês.
Os críticos dizem que, só agora que o ex-presidente Bucaram está são e salvo em seu reduto, Guayaquil, o governo e seus aliados se mostram dispostos a ceder o controle sobre os tribunais. Bucaram e seu partido apoiaram Gutiérrez em uma tentativa de impeachment, em 2004.
Ayerve disse que a nova Suprema Corte é menos tendenciosa que a anterior, a qual, segundo o governo, era dominada pelos partidos de oposição. "A nova corte é produto de acordos políticos no Congresso e também tem conexões políticas, embora menos que no passado", disse o ministro na terça-feira.
A situação de Gutiérrez melhorou na semana passada quando as Forças Armadas, que tradicionalmente agem como árbitro em questões políticas no Equador, declararam apoio a Gutiérrez, um ex-coronel eleito no final de 2002. Seu Partido da Sociedade Patriota tem apenas cinco deputados, e por isso ele depende de frágeis alianças para governar.
O presidente tem a seu favor também a divisão da oposição e o interesse dos Estados Unidos em manter a estabilidade no país, que exporta petróleo e faz fronteira com a turbulenta Colômbia.
(Reportagem adicional de Alexandra Valencia)
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/346834/visualizar/
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