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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 13 de Abril de 2005 às 22:40

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O primeiro dos oito conclaves realizados no século XX (de 31 de julho a 4 de agosto de 1903) foi marcado pela divisão entre os partidários do cardeal Rampolla e os do cardeal Sarto.

A Áustria vetou o primeiro, na última ingerência formal de um poder imperial na eleição de um papa. Sarto foi eleito, adotou o nome de Pio X e, no dia 20 de janeiro de 1904, assinou a Constituição "Commissum Nobis".

O texto abolia o privilégio do veto e condenava à excomunhão qualquer cardeal que comunicasse ao conclave um veto enviado por um governo.

O conclave seguinte, de 31 de agosto a 3 de setembro de 1914, foi realizado durante a I Guerra Mundial e elegeu Benedito XV.

No dia 2 de fevereiro de 1922, foi iniciado o conclave mais longo do século, que durou quatro dias e elegeu o papa Pio XI. A assembléia foi uma das mais tensas e disputadas de que se tem notícia, e a única na qual um dos presentes foi excomungado por desobedecer as regras.

O conclave seguinte foi o mais curto do século. Começou no dia 1º de março de 1939 e terminou no dia seguinte com a escolha do papa Pio XII.

Na ocasião, estiveram presentes todos os purpurados graças a uma disposição do pontífice anterior que estendia o tempo de espera para a chegada dos cardeais americanos, que não puderam participar do encontro anterior.

O conclave seguinte, em 1958, foi realizado de acordo com as disposições aprovadas por Pio XII, que estabeleceu a maioria de dois terços e mais um voto para a eleição de um Pontífice. Este sistema elegeu João XXIII, o pontífice que convocou o Concílio Vaticano II.

Após a morte deste papa em plena celebração eucarística, ocorreu em 1963 o conclave que escolheu Paulo VI, que terminou os trabalhos do Vaticano II.

Paulo VI fez importantes mudanças no sistema de eleição de Pontífice, presentes na Constituição "Romano Pontífice Eligendo" de 1975. Entre outras normas, estabeleceu o limite de 80 anos para que os cardeais tenham direito a voto, reforçou o segredo das sessões e determinou que o número de cardeais eleitores não superasse 120.

De acordo com as novas determinações, foi realizado o conclave no qual João Paulo I foi eleito, em agosto de 1978.

A assembléia foi a que contou com o maior número de cardeais na história. Nela, estiveram representados os cinco continentes e, pela primeira vez, o número de não europeus foi tão grande quanto o de europeus. Além disso, apenas 12 dos 111 eleitores já haviam participado de conclaves anteriores.

No dia 14 de outubro de 1978, 49 dias depois, 110 cardeais eleitores se reuniram em conclave para escolher o sucessor de João Paulo I, falecido no dia 29 de setembro.

O conclave durou dois dias e elegeu o polonês Karol Wojtyla, o papa João Paulo II, o primeiro não italiano desde Adriano VI em 1522.

Neste conclave, se enfrentaram os partidários da linha conciliar e preconciliar, ambas encabeçadas pelos cardeais italianos Siri e Benelli, respectivamente.

Sem apoio suficiente, os purpurados optaram pela eleição de um candidato não italiano que representasse uma mudança na Igreja: o cardeal Karol Wojtyla, que quase não chegou na última sessão do conclave por causa de um defeito mecânico em seu carro, foi eleito no dia 16 de outubro de 1978.





Fonte: EFE

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