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Importação de máquinas ainda é lenta
A indústria brasileira de bens de capital continua a manter um ritmo lento de importações. Em fevereiro, houve um crescimento de 10% na importação do setor, contra 31,3% dos bens de consumo duráveis e 26,9% dos bens intermediários, por exemplo.
Na avaliação da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), que divulgou os dados ontem, esse quadro é resultado de dois fatores. O primeiro é a consolidação do processo de substituição de importações no Brasil. O segundo é a retração de investimentos no setor, que termina por diminuir a capacidade de importação dos industriais.
"Vemos esse processo de substituição de importações sobretudo em 2003 e em 2004. Mas, olhando do ponto de vista de longo prazo, as importações de bens de capital caíram muito porque houve pouco investimento", avaliou Fernando Ribeiro, da Funcex.
Prova disso é que a lentidão do ritmo de aquisição de maquinário importado persiste, mesmo diante de uma cotação mais fraca do dólar, que deveria impulsionar as importações. O levantamento da Funcex revela que, em 2004, a produção doméstica de bens de capital sofreu um acréscimo de 19,7%. No mesmo período, o crescimento do volume importado desses produtos foi de 10,2%.
"Essa fase [de substituição de importações] é positiva para o Brasil e mostra que indústria brasileira está mais competitiva e globalizada. Hoje, dos 8.000 tipos de máquina existentes, 6.000 são produzidos no Brasil", disse Newton de Mello, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
Para Júlio Gomes, diretor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a substituição de importações é bem-vinda, mas ele aponta que ela se dá, principalmente, nos bens de capital com menor grau de sofisticação. "O ano de 2005 deve ser marcado por um caminho de volta das importações. Coma recuperação da economia, o Brasil vai precisar de bens de capital mais sofisticados", afirmou.
Perda de participação
As importações de bens de capital, apesar de trajetória de recuperação a partir do final do ano passado, ainda estão 6,2% abaixo do patamar verificado em 2002. Ainda segundo a Funcex, para que o volume de bens de capital importado alcance os níveis do início de 1998, ele teria que crescer 50%. A importância desses itens na pauta de importação brasileira também tem perdido espaço. Em 1998, eles representavam 21% dos produtos importados. Hoje, eles detêm uma fatia de 12%.
O presidente da Abimaq atribui à conjuntura macroeconômica o crescimento fraco das importações. "Com essa alta taxa de juros, há cada vez menos interesse em fazer investimentos produtivos. Não há por que importar máquinas. E também projetamos um declínio da compra de máquinas fabricadas no país", disse. Segundo suas projeções, no segundo semestre deste ano já deverá ocorrer uma queda entre 10% e 20% no consumo de bens de capital.
Exportações
As vendas externas da indústria de bens de capital devem continuar em ascensão. Hoje, diz a Abimaq, 40% da produção é voltada para o mercado externo.
Segundo Ribeiro, economista da Funcex, o setor e também demais segmentos exportadores têm se beneficiado de um ainda forte crescimento internacional. "Se esse efeito da demanda mundial continuar com está, vamos continuar a ver exportações fortes apesar do câmbio", argumentou.
De acordo com a Funcex, a maior parte do crescimento do valor exportado pelo Brasil em fevereiro foi impulsionada pelo aumento das quantidades exportadas, que foi de 23,1%. Os preços tiveram crescimento de 9,9%.
Na avaliação da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), que divulgou os dados ontem, esse quadro é resultado de dois fatores. O primeiro é a consolidação do processo de substituição de importações no Brasil. O segundo é a retração de investimentos no setor, que termina por diminuir a capacidade de importação dos industriais.
"Vemos esse processo de substituição de importações sobretudo em 2003 e em 2004. Mas, olhando do ponto de vista de longo prazo, as importações de bens de capital caíram muito porque houve pouco investimento", avaliou Fernando Ribeiro, da Funcex.
Prova disso é que a lentidão do ritmo de aquisição de maquinário importado persiste, mesmo diante de uma cotação mais fraca do dólar, que deveria impulsionar as importações. O levantamento da Funcex revela que, em 2004, a produção doméstica de bens de capital sofreu um acréscimo de 19,7%. No mesmo período, o crescimento do volume importado desses produtos foi de 10,2%.
"Essa fase [de substituição de importações] é positiva para o Brasil e mostra que indústria brasileira está mais competitiva e globalizada. Hoje, dos 8.000 tipos de máquina existentes, 6.000 são produzidos no Brasil", disse Newton de Mello, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
Para Júlio Gomes, diretor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a substituição de importações é bem-vinda, mas ele aponta que ela se dá, principalmente, nos bens de capital com menor grau de sofisticação. "O ano de 2005 deve ser marcado por um caminho de volta das importações. Coma recuperação da economia, o Brasil vai precisar de bens de capital mais sofisticados", afirmou.
Perda de participação
As importações de bens de capital, apesar de trajetória de recuperação a partir do final do ano passado, ainda estão 6,2% abaixo do patamar verificado em 2002. Ainda segundo a Funcex, para que o volume de bens de capital importado alcance os níveis do início de 1998, ele teria que crescer 50%. A importância desses itens na pauta de importação brasileira também tem perdido espaço. Em 1998, eles representavam 21% dos produtos importados. Hoje, eles detêm uma fatia de 12%.
O presidente da Abimaq atribui à conjuntura macroeconômica o crescimento fraco das importações. "Com essa alta taxa de juros, há cada vez menos interesse em fazer investimentos produtivos. Não há por que importar máquinas. E também projetamos um declínio da compra de máquinas fabricadas no país", disse. Segundo suas projeções, no segundo semestre deste ano já deverá ocorrer uma queda entre 10% e 20% no consumo de bens de capital.
Exportações
As vendas externas da indústria de bens de capital devem continuar em ascensão. Hoje, diz a Abimaq, 40% da produção é voltada para o mercado externo.
Segundo Ribeiro, economista da Funcex, o setor e também demais segmentos exportadores têm se beneficiado de um ainda forte crescimento internacional. "Se esse efeito da demanda mundial continuar com está, vamos continuar a ver exportações fortes apesar do câmbio", argumentou.
De acordo com a Funcex, a maior parte do crescimento do valor exportado pelo Brasil em fevereiro foi impulsionada pelo aumento das quantidades exportadas, que foi de 23,1%. Os preços tiveram crescimento de 9,9%.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/347010/visualizar/
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