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Terça - 04 de Dezembro de 2012 às 07:05
Por: JOANICE DE DEUS

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As noites têm sido tensas para 100 famílias que ocupam há dois anos uma área denominada “Assentamento Monte Carmelo”, localizada próximo ao Distrito do Coxipó do Ouro, em Cuiabá. Elas alegam que o terreno é devoluto e denunciam que seguranças armados, que teriam sido contratados pelo suposto dono da área, rondam o local diuturnamente e fazem ameaças.

Na madrugada do último sábado, tiros foram disparados no terreno e barracos queimados. Desde então, as famílias, que integram a Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Monte Carmelo, se revezam à noite em vigília. “A gente não dorme à noite. Foi um recado que mandaram para a gente”, diz uma das acampadas, que assim como as demais preferem não ter o nome divulgado. A Associação registrou boletim de ocorrência no Cisc Planalto.

A área mede pouco mais de 600 hectares, sendo cinco hectares divididos a cada família acampada. Além de uma estrada, no lugar não há qualquer tipo de infraestrutura como água potável ou energia elétrica. Entretanto, com o projeto de construção do Rodoanel, a área adquiriu alto valor.

Apesar das dificuldades, as famílias garantem que moram no lugar e só saem durante o dia para trabalhar. No terreno, elas já possuem pequenas plantações de milho, banana e mandioca. “É um sonho nosso ter uma terra como esta aqui porque a gente só tem o dia para passar fome e a noite para sonhar que está comendo”, disse outra assentada, que também pediu para não ter o publicado.

Os moradores do assentamento já haviam denunciado outras ações truculentas na área. Em 2010, barracos também foram queimados, plantações destruídas e até valas cavadas para impedir a locomoção das pessoas. Nos próximos dias, eles pretendem enviar uma carta à Assembleia Legislativa e ao governo do Estado pedindo socorro.

O imóvel pertenceria à família de Orlando Cerci há pelo menos 30 anos. “A área já foi invadida outras vezes e os invasores retirados pelo menos três vezes”, informou Orlando Cerci Filho. Segundo ele, sua família possui toda a documentação e registro referentes ao terreno, que inclusive, já passou por inventário.

Orlando Filho nega a contratação de segurança para rondar o local. A reportagem também tentou manter contato por telefone com o Intermat para falar sobre o assunto, mas não conseguiu.




Fonte: DO DC

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