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Nacional
Terça - 12 de Abril de 2005 às 03:15
Por: Eduardo Kattah

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Belo Horizonte - O ministro-chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, não endossou a defesa que o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), fez de uma intervenção federal na Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Lindberg declarou que o episódio é uma oportunidade para a União intervir na PM do Rio, que não teria forças para "resolver suas entranhas". Nilmário considera "natural" a reação de Lindberg, mas destacou que cabe às polícias e ao aparato Judiciário de cada Estado "investigar, processar e punir os crimes".

De acordo com o ministro, o prefeito está "profundamente atingido" pelo episódio, mas a atuação do governo federal deve ficar restrita à cooperação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança. "Foram 18 mortes em sua cidade. Covardemente mortos. Depois, quase todo dia tem chacinas, tem atuação de esquadrões, tem policiais envolvidos com atividades ilegais de vários tipos na cidade dele (Lindberg). Então, é natural que ele pense assim. Agora, nós estamos num estado federativo", ressaltou Nilmário.

O ministro considerou "bom" o andamento do inquérito que investiga a chacina. Ele destacou que oito PM´s já foram indiciados pela PF por formação de quadrilha e homicídio qualificado. Segundo Nilmário, a PF também está fazendo um trabalho de inteligência sobre "outros grupos de extermínio, outros esquadrões da morte, outros policiais envolvidos com bandidos". "Nós entendemos, o Brasil entende, que é intolerável policiais - pessoas em que se deve confiar e respeitar - envolvidos com criminosos, matando pessoas inocentes, matando crianças", concluiu.




Fonte: Agência Estado

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