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Cidades/Geral
Sábado - 09 de Abril de 2005 às 21:10
Por: Camila Anauate e Cláudia Ferra

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São Paulo - A Secretaria de Estado da Saúde realizou hoje o mutirão de cirurgias, consultas e exames em 122 hospitais municipais, estaduais e filantrópicos de São Paulo. "Todos os funcionários estão trabalhando para atender 100 mil pessoas hoje", afirmou o governador Geraldo Alckmin, que visitou o Hospital Pérola Byington de manhã. Segundo ele, em maio haverá outro mutirão, mas apenas de mamografias.

Alckmin percorreu os andares, cumprimentou pacientes e até mediu a pressão da dona de casa Marlita Naffin, de 40 anos. "Estava 12 por 8", disse ela, aliviada. Segundo o governador, a idéia do mutirão é diminuir as filas e reduzir o tempo de espera para consultas ou cirurgias. "Minha consulta estava marcada para maio", conta Marlita, que vai realizar uma cirurgia para retirar o ovário.

Foram programados dois tipos de mutirão. No aberto ao público, que contou com 11 hospitais na capital, entre eles o do Servidor Público Estadual e o Heliópolis, e cinco da Grande São Paulo e do interior, os pacientes foram atendidos na hora. A oficial administrativa Maria da Penha, de 41 anos, passava perto do Hospital do Servidor quando viu a faixa divulgando o mutirão. "Me interessei e entrei. Agora vou fazer exame de diabetes, passarei em uma nutricionista e também na ginecologista."

Em todos os outros locais de atendimento, no entanto, o mutirão foi restrito a quem já tinha consultas marcadas para maio ou junho. No Hospital das Clínicas, nenhum funcionário sabia informar sobre o mutirão, mesmo com faixas nos muros. "Aqui não está tendo mutirão. Por que você não procura uma Santa Casa?", disse um funcionário à dona de casa Maria de Lourdes Carlos, de 48 anos. "É um absurdo. Li sobre o mutirão, mas ninguém aqui sabe de nada. Vim do Butantã para chegar aqui e dar com a cara na porta."

Segundo o secretário Luiz Roberto Barradas Barata, em alguns hospitais, como Heliópolis, Interlagos e Darcy Vargas, as filas foram zeradas até junho. Ele contou que a espera normal pode ser de 15 dias a seis meses, dependendo da especialidade. "Para marcar cirurgia de varizes, por exemplo, tem gente que espera seis meses." No Centro Hospitalar Mandaqui, na zona norte, o mutirão foi testes de diabetes e de hérnia para crianças até 12 anos.

Até as 12h30, 65 pessoas haviam sido atendidas, entre elas a empregada doméstica Euzita Gonçalves Pereira, de 34 anos. Ela foi levar o filho Gabriel, de 7, para fazer inalação e aproveitou para fazer o teste de diabetes. "É a primeira vez que eu venho e estou achando bom. Deveria haver mais vezes e com muito mais tipos de exame", disse. O resultado de seu teste foi normal. Quinze crianças passaram por exames e apenas em duas delas não foi constatada hérnia. As outras serão operadas. "A demanda de crianças com hérnia é muito grande. E são poucos os hospitais que operam. Se a criança não for operada, pode haver uma situação mais grave e ela terá de ser operada com urgência", explicou a médica Inae Moreira.





Fonte: Agência Estado

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