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Internacional
Sábado - 09 de Abril de 2005 às 21:00

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Jeursalém - Soldados israelenses atiraram neste sábado contra um grupo de palestinos que jogava futebol perto de uma base do Exército na Faixa de Gaza, matando três jovens com idades entre 14 e 15 anos. O Exército de Israel alegou que os jovens ingressaram numa área restrita e ignoraram tiros de alerta para que parassem.

Segundo uma testemunha, os disparos israelenses contra os jovens foram efetuados quando a bola foi chutada para perto da barreira de segurança erigida na fronteira e os meninos correram para pegá-la. As mortes, ocorridas no campo de refugiados de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, põem fim a semanas de relativa paz e ameaçam um frágil acordo de cessar-fogo.

Em resposta ao incidente, um líder do Hamas pediu vingança. Horas depois, um assentamento judaico em Gaza foi alvo de sete bombas, mas não houve danos nem vítimas. Com as três mortes de hoje, já são 13 os palestinos mortos desde 8 de fevereiro, quando o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, aderiram a uma trégua acertada durante reunião realizada no Egito.

Cinco israelenses morreram no período, todos num atentado nos arredores de Tel-Aviv em 25 de fevereiro. Saeb Erekat, negociador-chefe da ANP, comentou que "toda vez que algo assim acontece é colocada em perigo uma calma que já é frágil". Ele pediu ao governo israelense que evite atos que coloquem em risco a trégua.

Enquanto isso, autoridades israelenses prometiam hoje impedir que centenas de extremistas judeus participassem de um protesto previsto para amanhã na Esplanada das Mesquitas, um local de Jerusalém sagrado para judeus e muçulmanos. Na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, simpatizantes dos grupos Hamas e Jihad Islâmica participaram pelo segundo dia consecutivo de protestos contra a possibilidade de os extremistas judeus se manifestarem na Esplanada das Mesquitas.

O acesso de judeus ao local sagrado tem sido estritamente limitado por Israel desde 1967, quando o Estado judeu tomou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias. A eventual realização de uma manifestação de ativistas judeus no local provavelmente aumentaria a tensão com os palestinos.





Fonte: AP

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