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Sábado - 09 de Abril de 2005 às 19:20
Por: Jorge Eduardo Machado

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Rio - Parentes das vítimas da chacina na Baixada Fluminense, que participaram de passeata hoje em Queimados, não escondiam a revolta com o fato de haver policiais militares entre os suspeitos do crime. Alguns dos familiares chegaram a abandonar a manifestação em protesto contra a presença de PMs do Batalhão de Queimados.

O cozinheiro Carlos Eduardo da Silva, de 28 anos — que perdeu, no massacre, o irmão Marcos Vinicius Cipriano e o primo Francisco José da Silva Neto — contou que, em princípio, nem sequer considerava a possibilidade de os assassinos serem policiais. "Esses homens foram treinados para tomar conta da sociedade e cometeram uma atrocidade. Mas não estamos com medo deles. Queremos mostrar, com a passeata, que eles foram covardes e que a população não vai se trancar em casa. Vamos sair para pedir justiça", afirmou Carlos Eduardo.

Adriana Paes Gomes, de 33 anos, lembrou que o filho, Marcelo Júlio do Nascimento, de 16, sonhava ser policial militar. "Ele tinha um sonho e os próprios policiais acabaram com ele. A gente não pode confiar na polícia. Porque agora acho que, se quisermos proteção, temos de pedir aos bandidos. A polícia mesmo mata gente inocente", lamentou.

Quem também pediu justiça foi a faxineira Geralda Magalhães, de 48 anos, que há 17 era casada com o pedreiro João da Costa Magalhães, assassinado no Campo da Banha com outras quatro vítimas: "Ficamos revoltados, porque confiávamos na polícia. Se foram eles (os policiais), têm de pagar pelo que fizeram".





Fonte: Agência Brasil

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