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Sábado - 09 de Abril de 2005 às 18:50

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Após se casar com o príncipe Charles, quando passará a ser princesa-consorte, Camilla Parker-Bowles terá um papel público flexível, que se adequará gradativamente às circunstâncias e à opinião pública, afirmaram especialistas.

Após o casamento, esta divorciada de 57 anos ascenderá oficialmente ao título de princesa-consorte e duquesa da Cornuália. O primeiro, deve-se ao fato de Charles ser herdeiro do trono atualmente ocupado por Elizabeth II.

Embora o público britânico esteja cada vez mais tolerante com o longo relacionamento dos noivos, pesquisas de opinião demonstraram que a prometida do príncipe é muito menos popular do que a princesa Diana, ex-esposa de Charles, que morreu em um acidente de carro, em 1997, em Paris.

Portanto, vários especialistas destacaram que dar a ela o título de princesa de Gales - antes pertencente a Diana - poderia despertar a ira dos britânicos.

O de princesa-consorte é deliberadamente vago, segundo os especialistas, o que permite a Camilla ir desenhando seu papel público com o passar do tempo, uma tarefa simples, graças ao caráter extremamente vago da constituição britânica a respeito de determinados temas.

Além da monarquia e do herdeiro do trono, "nenhum outro membro da família real tem qualquer obrigação constitucional", explicou o professor Adam Tomkins, constitucionalista da Universidade de Glasgow, na Escócia.

"Basta apenas pensar no atual duque de Edimburgo, marido da rainha. Seu papel não está definido constitucionalmente, seu papel não é requerido constitucionalmente ou legalmente estabelecido de qualquer forma", acrescentou.

"Nestes dias, uma das considerações que se leva em conta é que os altos membros da família real definem seu papel de acordo com a opinião pública", acrescentou.

A opinião pública é contrária a uma "rainha Camilla", segundo todas as pesquisas de opinião realizadas após o anúncio do casamento, em 10 de fevereiro.

Por este motivo, os especialistas na realeza britânica sustentaram que Camilla manterá a princípio um baixo perfil e irá construindo gradativamente seu lugar na vida pública através de trabalhos de caridade e tarefas similares.

O único ponto complicado seria a opinião de alguns países mais conservadores da Commonwealth, a associação de antigas colônias britânicas, que poderiam ver com maus olhos uma adúltera divorciada como rainha de fato, concluiu Tomkins.





Fonte: AFP

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