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Sábado - 09 de Abril de 2005 às 18:14

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O "ninho de amor" que o príncipe Charles e Camilla Parker-Bowles ocuparão após o seu casamento é a Clarence House, antiga residência em Londres da rainha-mãe, falecida em 2002.

Charles se mudou para lá em agosto de 2003, depois de uma grande reforma que custou 8,5 milhões de euros (na época, praticamente o mesmo valor em dólares).

Desde então, ele vive ali com seus dois filhos, William, de 22 anos, e Harry, de 20.

Na mesma época, Charles instalou Camilla na Clarence House. O príncipe de Gales conhece bem esta residência, onde viveu quando era criança.

De fato, a Clarence House foi a primeira residência de casal de Elizabeth II, então princesa, com o duque de Edimburgo, após seu casamento, em 1947.

Quando subiu ao trono, 1952, após a morte do seu pai, o rei George VI, Elizabeth II se mudou para o Palácio de Buckingham, enquanto sua mãe se instalou na Clarence House, onde ficou até a sua morte, em março de 2002.

A residência, que sempre foi preservada do olhar do público, é uma das preferidas da família real inglesa, desde a sua construção, em 1820.

Antes de se mudar, Charles ordenou um amplo programa de obras de restauração, que deveria custar aos contribuintes britânicos 4,4 milhões de libras (US$ 6,2 milhões).

No entanto, a família real se negou a pagar o custo dos dois cômodos reservados a quem então considerava apenas como amante de Charles.

Por esta razão, Charles teve que desembolsar 1,6 milhão de libras (US$ 2,2 milhões).´

A conta astronômica das obras na Clarence House causou na época fortes reações entre os britânicos, sobretudo porque o príncipe de Gales recebe anualmente mais de 10 milhões de libras (quase 20 milhões de euros) do Ducado da Cornuália.

Com a restauração do edifício de quatro andares, o príncipe quis preservar a atmosfera que havia quando sua avó era viva, uma idosa cheia de vitalidade e de humor até o dia de sua morte.

"A determinação era não mudar nada", revelou Robert Kim, arquiteto de interiores do príncipe Charles.

"Evidentemente, tudo mudou. A casa não havia sido pintada em 50 anos, nem a instalação elética tinha sido trocada. Havia amianto por todos os lados", reforçou.

O lugar estava "francamente muito sujo", garantiu sir Hugh Roberts, diretor da Coleção Real.

"As cortunas caíam aos pedaços, assim como a tapeçaria", acrescentou.

Para mobiliá-la, Charles usou peças da própria Coleção Real. Desde então, pela primeira vez na história, a Clarence House foi aberta ao público, que pode visitar as cinco dependências do palacete durante alguns meses do ano.





Fonte: AFP

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