Palestinos prometem "levante" se judeus visitarem loca sagrado

Mais de 10 mil palestinos foram às ruas no sábado advertindo sobre um "terceiro levante" se judeus de direita, que querem obstruir os planos de retirada de Gaza, entrarem em um local reverenciado de Jerusalém no domingo.

A polícia israelense aumentou sua presença em Jerusalém e disse que iria deter os ativistas judeus que pretendessem entrar em um local reverenciado pelos muçulmanos como al-Haram al-Sharif (Nobre Santuário) e pelos judeus como o Monte do Templo.

O ministro da Segurança Interna de Israel, Gideon Ezra, disse à Rádio Israel que temia que os ativistas judeus pudessem provocar tensão no local "para parar o plano israelense" de retirada de colonos judeus de Gaza. A retirada deve começar em julho.

Mais de 10.000 manifestantes palestinos fizeram três protestos separados na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e na Faixa de Gaza.

"Se os sionistas aviltarem a mesquita de al-Aqsa, eles estarão plantando as sementes do terceiro levante", disse um importante líder militante do Hamas, Nizar Rayyan, em Gaza.

Os militantes ameaçaram na sexta-feira abandonar uma trégua de três meses ao levante de quatro anos e meio contra Israel se os ativistas judeus tentarem entrar no santuário, onde fica a mesquita de al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado para o Islã.

Os palestinos lançaram seu levante em 2000, depois que Sharon, o líder da oposição de Israel, passeou pelo complexo do santuário em Jerusalém. A polícia vem barrando visitas de não-muçulmanos e principalmente de judeus extremistas ao local.

(Reportagem adicional de Mohammed Assadi)