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Manifestação lembra os 2 anos da queda de Saddam
Milhares de pessoas foram às ruas de Bagdá hoje para comemorar os dois anos da queda de Saddam Hussein com pedidos de "fim da ocupação". A marcha, organizada por grupos sunitas e pelo clérigo radical xiita Moqtada Al-Sadr, terminou na Praça Firdous, onde, há dois anos, a derrubada de uma estátua do ex-líder iraquiano simbolizou o fim do antigo regime. A manifestação foi a mais numerosa já registrada na capital desde a eleições de 30 de janeiro e aconteceu em paralelo às de outras cidades, como Ramadi, ao oeste de Bagdá e reduto da insurgência sunita.
Nessa mesma praça, um grupo de manifestantes queimou hoje fotos do presidente americano, George W. Bush, do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e de Saddam Hussein. "Não à ocupação" e "Não há outro Deus que Alá" e "A América é o inimigo de Deus" eram frases gritadas pelos manifestantes, muitos deles com bandeiras verdes do Islã e com a bandeira nacional do Iraque, vermelha, preta e branca.
Os participantes também exigiram acelerar o julgamento de Saddam Hussein com os gritos de "Morte a Saddam" e pediram o ex-presidente iraquiano e "os ocupantes americanos" que sejam considerados da mesma forma. "Não a Saddam, não à América, sim a um governo legítimo" foi outra frase muito repetida pelos manifestantes.
"A retirada da Síria do Líbano deve ser o passo prévio para os Estados Unidos do Iraque", dizia um dos cartazes. "Queremos que o novo governo liberte os detidos, combata o desemprego e restaure a segurança", disse à EFE Abdel Hadi Darayi, um dos principais assessores de Moqtada Al-Sadr em Bagdá, enquanto participava do protesto.
Alguns manifestantes, também partidários de Moqtada Al-Sadr, vinham de cidades do sul do país, como Basra, Amara e Nassiriya, e tinham chegado a Bagdá hoje de manhã para participar da marcha. "Percorri 400 quilômetros desde Missian para participar do protesto atendendo ao chamado de Al-Sadr", disse o manifestante Abdulrasoul Ali, mecânico de 47 anos.
Outro manifestante, Mahmoud Mayid, disse que participava da marcha junto com seus quatro filhos desempregados para exigir a criação de novos postos de trabalho pelo novo governo.
Além dos clérigos partidários de Moqtada Al-Sadr, na sexta-feira as autoridades religiosas sunitas aqueceram os ânimos, aproveitando a oração da Sexta-Feira Santa muçulmana para pedir nas mesquitas o fim da ocupação americana. "A causa do terror no país é a presença das tropas americanas" disse ontem Harith al-Dhari, secretário-geral da Associação de Sábios Islâmicos, órgão religioso da minoria sunita.
Após tradicionalmente ter ocupado o poder político em Bagdá, os sunitas agora estão afastados dos círculos de governo pelos majoritários xiitas, seus rivais históricos que venceram as eleições de 30 de janeiro. Muitos setores dessa minoria se sentem marginalizados desde a ocupação americana, que para eles trouxe "mais terrorismo do que democracia".
Enquanto isso, duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas hoje em Mossul, no norte do Iraque, na explosão de um carro-bomba, informaram fontes policiais. As fontes disseram que a explosão aconteceu ante a passagem de uma patrulha da polícia e que as duas vítimas fatais são membros das forças de segurança. Entres os feridos estão um policial e três civis.
Nessa mesma praça, um grupo de manifestantes queimou hoje fotos do presidente americano, George W. Bush, do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e de Saddam Hussein. "Não à ocupação" e "Não há outro Deus que Alá" e "A América é o inimigo de Deus" eram frases gritadas pelos manifestantes, muitos deles com bandeiras verdes do Islã e com a bandeira nacional do Iraque, vermelha, preta e branca.
Os participantes também exigiram acelerar o julgamento de Saddam Hussein com os gritos de "Morte a Saddam" e pediram o ex-presidente iraquiano e "os ocupantes americanos" que sejam considerados da mesma forma. "Não a Saddam, não à América, sim a um governo legítimo" foi outra frase muito repetida pelos manifestantes.
"A retirada da Síria do Líbano deve ser o passo prévio para os Estados Unidos do Iraque", dizia um dos cartazes. "Queremos que o novo governo liberte os detidos, combata o desemprego e restaure a segurança", disse à EFE Abdel Hadi Darayi, um dos principais assessores de Moqtada Al-Sadr em Bagdá, enquanto participava do protesto.
Alguns manifestantes, também partidários de Moqtada Al-Sadr, vinham de cidades do sul do país, como Basra, Amara e Nassiriya, e tinham chegado a Bagdá hoje de manhã para participar da marcha. "Percorri 400 quilômetros desde Missian para participar do protesto atendendo ao chamado de Al-Sadr", disse o manifestante Abdulrasoul Ali, mecânico de 47 anos.
Outro manifestante, Mahmoud Mayid, disse que participava da marcha junto com seus quatro filhos desempregados para exigir a criação de novos postos de trabalho pelo novo governo.
Além dos clérigos partidários de Moqtada Al-Sadr, na sexta-feira as autoridades religiosas sunitas aqueceram os ânimos, aproveitando a oração da Sexta-Feira Santa muçulmana para pedir nas mesquitas o fim da ocupação americana. "A causa do terror no país é a presença das tropas americanas" disse ontem Harith al-Dhari, secretário-geral da Associação de Sábios Islâmicos, órgão religioso da minoria sunita.
Após tradicionalmente ter ocupado o poder político em Bagdá, os sunitas agora estão afastados dos círculos de governo pelos majoritários xiitas, seus rivais históricos que venceram as eleições de 30 de janeiro. Muitos setores dessa minoria se sentem marginalizados desde a ocupação americana, que para eles trouxe "mais terrorismo do que democracia".
Enquanto isso, duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas hoje em Mossul, no norte do Iraque, na explosão de um carro-bomba, informaram fontes policiais. As fontes disseram que a explosão aconteceu ante a passagem de uma patrulha da polícia e que as duas vítimas fatais são membros das forças de segurança. Entres os feridos estão um policial e três civis.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/347618/visualizar/
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