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Sexta - 08 de Abril de 2005 às 21:55
Por: John Acher

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A polícia norueguesa fez na sexta-feira sua primeira prisão relacionada ao roubo, em 2004, da famosa tela "O Grito", trazendo esperança para a recuperação da obra-prima do pintor norueguês Edvard Munch, pintada em 1893.

"O Grito" e outro quadro de Munch, "Madona", foram roubados por ladrões armados no Museu Munch, em Oslo, em plena luz do dia, diante de dezenas de turistas, em agosto do ano passado.

As duas telas continuam desaparecidas, mas, em comunicado à imprensa, a polícia de Oslo disse que a prisão feita pode levar a sua recuperação.

"A polícia distrital de Oslo não exclui a possibilidade de fazer mais prisões ligadas ao caso", disse o comunicado. "Estamos otimistas quanto às chances de a investigação dar resultados e os quadros serem devolvidos ao Museu Munch."

Um homem na casa dos 30 anos foi preso em Oslo e acusado de cumplicidade no crime, disse a polícia, que se negou a identificar o suspeito ou a dizer qual teria sido seu envolvimento no assalto.

"Estamos numa fase crucial da investigação, e é importante conservarmos essa informação em sigilo", disse à Reuters o advogado da polícia, Morten Hojem Ervik.

Em 22 de agosto do ano passado, dois ladrões mascarados entraram correndo no museu, ameaçaram seus funcionários com uma arma e obrigaram os presentes a se deitarem no chão, para então arrancar os quadros da parede e sair andando pela porta da frente, partindo num carro que foi encontrado no mesmo dia.

Os quadros roubados valem milhões de dólares e estão entre os mais conhecidos de Munch, embora o pintor tenha produzido várias versões de ambos.

"O Grito" é uma imagem da angústia existencial, mostrando uma figura esquálida contra um céu vermelho-sangue. "Madona", também de 1893, mostra uma mulher misteriosa de longos cabelos pretos e seios nus.

"Estivemos otimistas desde o início e ainda estamos, porque esses quadros são conhecidos em todo o mundo e não achamos que exista mercado para eles", disse Ervik.

"Achamos que, de uma maneira ou outra, eles vão reaparecer e que nós estaremos lá no momento oportuno", disse ele.



Fundador do expressionismo moderno, Munch viveu de 1863 a 1944.





Fonte: Reuters

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