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Nacional
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 13:35
Por: Luciana Vasconcelos

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Brasília - O senador Antero Paes de Barros (PSDB-AM) defendeu no plenário da Casa a demissão do presidente do Banco Central, Henrique Meireles. "Se esse governo tivesse boas intenções já teria demitido Meireles. Se ele tivesse um pouquinho de amor pelo Brasil, já teria pedido para sair do cargo", disse.

No início da semana, o procurador-geral da República, Cláudio Fontelles, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito contra o presidente do Banco Central por suposta evasão de divisas que teria configurado crime eleitoral e lesão ao sistema financeiro nacional. Segundo o pedido, Henrique Meireles teria enviado dinheiro ao exterior irregularmente em 1999, na época em que presidia o Banco de Boston.

Para o senador Antero Paes de Barros, é incompatível a permanência de Meirelles na presidência do banco enquanto há pedido de investigação sobre ele. "Neste caso não basta ser honesto, tem que parecer honesto".

O senador Tião Viana (PT-AC) disse considerar errado condenar de forma antecipada o presidente do BC. "Seguramente as explicações serão convincentes e nós estaremos de cabeça erguida fazendo a defesa de sua honra e cobrando da oposição a auto-crítica, se esse for o resultado do julgamento", disse. "Meireles tem o amparo da base de apoio do governo para defender a sua inocência com absoluta tranqüilidade e a certeza que ele irá convencer as instâncias de investigação da sua inocência", completou.

O relator do pedido no STF, ministro Marco Aurélio Mello, anunciou que na próxima quarta-feira (13) vai levar o caso ao plenário. Tramitam na casa duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade questionando a validade jurídica da medida provisória que deu status de ministro ao cargo de presidente do BC. Os ministros deverão definir se o relator deve ou não aguardar o desfecho dessas ações para se pronunciar quanto ao pedido de inquérito do procurador-geral da República.

Por meio de nota oficial, divulgada esta semana, Meirelles disse encarar "com tranqüilidade e serenidade" o pedido do Ministério Público. Segundo a nota, "o presidente do Banco Central reitera a total legalidade e probidade de todos os seus atos, tanto em sua longa carreira no setor privado quanto no setor público". Meirelles também reiterou sua "confiança absoluta" nas instituições e, em particular, no Poder Judiciário.





Fonte: Agência Brasil

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