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Cidades/Geral
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 09:44

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Depois de vazada a informação de que um grupo de vereadores do Recife se valeria da votação de projetos importantes a serem enviados pela prefeitura à Câmara, como o Reciprev (Autarquia Previdenciária do Município do Recife), para negociar cargos em troca de votos, oposicionistas e governistas decidiram se pronunciar. Segundo a Folha de Pernambuco, a justificativa é que o movimento é fruto do destrato do prefeito João Paulo (PT). Todavia, ninguém assume uma participação direta, nem tampouco confirma o interesse de angariar lucros.

De acordo com o líder do PMDB na Casa, Gustavo Negromonte, "a ação foi desencadeada pelos partidos independentes (PTB,PMN, e PP), que querem dar um troco a João Paulo". "A chamada bancada independente tem muitas queixas contra o prefeito, que não tem respeito pelos parlamentares, e porque não são recebidos pelos secretários municipais. Agora, nenhum integrante do PMDB participa do movimento, só conversa com os vereadores insatisfeitos. Se eles quiserem se juntar para votar (contra) com a gente, tudo bem, nossa postura será a mesma", destacou Negromonte.

O líder do PMN, Silvio Costa Filho, garantiu que a iniciativa visa apenas não aprovar o Reciprev, que não é uma questão de motim, mas de uma insatisfação suprapartidária. "As insatisfações são muitas, até do próprio PT, e é natural que os partidos governistas se rebelem. Mas o PMN tem uma postura independente e decidirá qual a melhor posição na votação", arrematou.

O secretário municipal de governo, Múcio Magalhães, confirmou já ter tomado conhecimento do assunto, porém afastou a possibilidade de descaso da administração petista junto aos vereadores. Ele frisou que o governo é aberto e democrático, e o prefeito sempre está à disposição para dialogar com as bancadas. O secretário ainda duvidou que haja integrantes governistas no protesto, uma vez que todos são tratados no princípio da igualdade.

E mandou um recado para os rebeldes, lembrando que na PCR não tem espaço para barganha. "Não vou dialogar com ninguém pela Imprensa. Se há insatisfeitos, eles têm que me procurar e dizer isso a mim. Até agora nenhum único voto que tivemos da Câmara foi barganhado. As pessoas podem sonhar com isso, mas os métodos utilizados pela prefeitura são fortes o suficiente para impedir esse tipo de rebaixamento. O toma-lá-da-cá nunca foi a nossa prática e nem será", rebateu Magalhães.





Fonte: Agencia Nordeste

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