Santuário de Fátima pára serviços durante funeral

O santuário de Fátima suspendeu hoje todos os seus serviços, exceto as eucaristias, para que os empregados pudessem acompanhar pela televisão os funerais do papa João Paulo II, conhecido devoto do centro religioso português.

Os sinos de Fátima dobraram antes do início dos funerais do Pontífice em Roma. Foi registrado pouco comparecimento às missas programadas para acontecer no santuário, por onde o Papa peregrinou em três ocasiões durante sua vida. Alguns peregrinos foram à Capela das Aparições, construída no lugar exato das aparições marianas de 1917, para rezar pela alma de Karol Wojtyla.

Enquanto isso, os cerca de 150 funcionários do santuário, em sua maioria responsáveis pelos serviços de atenção e ajuda aos peregrinos, concentraram-se na Casa Nossa Senhora das Dores para acompanhar pelos televisores os funerais de João Paulo II. Ao final dos funerais papais em Roma, começou um novo ofício religioso, em que se espera uma maior afluência de fiéis da região próxima à Fátima.

Diante do principal altar do recinto religioso foi colocada uma grande foto do Papa junto à irmã Lúcia, a última dos videntes de Fátima, que morreu no dia 13 de fevereiro em Coimbra. Outra foto pontifícia está na Capela das Aparições, junto à imagem da Virgem de Fátima.

João Paulo II atribuiu em 1981 à intercessão da Virgem de Fátima sua salvação no atentado da Praça de São Pedro, cometido pelo turco Ali Agca no dia 13 de maio, dia da festividade de Fátima. Um ano após o atentado, no dia 13 de maio de 1982, o papa peregrinou a Fátima e se encontrou pela primeira vez com a irmã Lúcia. Naquela primeira visita, segundo os responsáveis do santuário, o Pontífice e a freira conversaram a sós durante 25 minutos em Fátima.

O papa voltou a Fátima no dia 13 de maio de 1991, dez anos após o atentado, e de novo na mesma data em 2000, quando a irmã Lúcia lhe revelou o terceiro segredo, relacionado ao atentado da Praça de São Pedro.