A família do adolescente Daniel Adriano Moraes, de 13 anos, que morreu após receber um tiro de espingarda enquanto brincava com o primo, diz que ainda não compreende como ocorreu o incidente. O garoto estava na casa da avó que fica próximo à cidade de Santo Antônio de Leverger, a 35 quilômetros de Cuiabá, na noite deste domingo (2).
A mãe do adolescente, Adriana de Moraes, contou ao G1 como ficou sabendo da morte do filho. “Ele tinha saído pra jogar bola na casa da avó, junto com o primo que tem a mesma idade. Acharam essa espingarda atrás da geladeira e começaram a brincar. Não sei explicar o que aconteceu”, lamentou.
De acordo com a família, Daniel segurava a arma no momento em que o primo dele tentou tomá-la do menino, quando houve o disparo. O tiro perfurou o braço esquerdo de Daniel e atingiu o peito dele. O adolescente foi encaminhado para a o Pronto-Socorro de Cuiabá, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde. O padrasto do garoto, Marcelo Pereira, vive há oito anos com Adriana e tem outras duas filhas, além de considerar Daniel como um filho. “Ele era tudo pra mim, meu parceiro e meu amigo”, contou ao G1.
Marcelo lembra que antes do incidente, ele e o enteado assistiram futebol pela televisão. “Ele ia participar das Olimpíadas Escolares, jogando futebol. Além disso, ele tinha talento, participava de fanfarra e lutava taekwondo”, comentou. A espingarda pertence ao tio de Daniel, que segundo a família, não tinha porte da arma.
Conforme a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o primo da vítima não deve ser responsabilizado pelo disparo. O dono da arma deve responder por deixar a espingarda em um local de fácil acesso. O caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Santo Antônio de Leverger, que deve ouvir o depoimento do tio de Daniel.
O enterro do corpo do adolescente será às 16h desta segunda-feira no cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá.
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