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Internacional
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 09:06

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Cidade do Vaticano - Uma multidão calculada em 300 mil pessoas acompanha em silêncio emocionado, na Praça de São Pedro, a cerimônia fúnebre de João Paulo II. Muitos desmaiam de emoção e também devido à prolongada espera pelo início do ato de fé. Mais em um milhão de pessoas, segundo as primeiras previsões dos serviços de segurança italianos, acompanham pelos telões espalhados por Roma.

O cardeal alemão Joseph Ratzinger, decano do Colégio de Cardeais, preside a cerimônia fúnebre iniciada às 10h03 (5h03 horas em Brasília). O caixão fechado, de cipreste, com o corpo de João Paulo II, colocado perante o altar da Basílica de São Pedro, tem o Livro do Evangelho aberto sobre ele. O funeral começou com o canto, em latim, "dê a ele o descanso eterno, ó Senhor". A multidão aplaudiu quando o cardeal alemão Joseph Ratzinger, ao concluir a homilia da missa fúnebre de João Paulo II, disse "o papa nos vê e nos abençoa". Naquele instante, a mulidão gritou "santo já", "santo já", pedindo canonização imediata do pontífice polonês.

Ratzinger fez uma breve pregação na qual incitou os fiéis a rezar. Em seguida , cedeu a palavra à jovem espanhola Alexandra Corre, que fez em espanhol a leitura dos Atos dos Apóstolos. Participam da missa fúnebre os corais da Capela Sistina e da Mater Eclesiae.

À direita de Ratzinger estão 164 cardeais. À sua esquerda estão 1.400 dignitários italianos e estrangeiros. Entre eles, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva; George W. Bush, dos EUA; Jacques Chirac, da França, e Vicente Fox, do México. Outros 2.500 ex-chefes de Estado, ministros, embaixadores e convidados importantes sentam na primeira fileira, mais próxima do altar.

Antes, da cerimônia, clérigos mais idosos e amigos do papa João Paulo II participaram de uma cerimônia reservada em que o corpo do pontífice foi colocado num caixão de madeira cipreste. Um véu de seda branca foi colocada sobre o rosto do papa e seu corpo benzido com água benta. Fechado caixão, os presentes recitam o salmo "Como o cervo anseia pelas correntes da água, assim anseia minha alma por ti, ó Deus". No caixão foram colocados um pergaminho com o resumo da vida do papa morto e moedas cunhadas em seu pontificado.

A previsão é de que a cerimônia religiosa dure três horas. Tudo está previsto no livro de ritos Ordo Exsequiarum Romani Pontificis. A missa inclui a leitura da Carta de São Paulo aos Filisteus e o Evangelho de São João. No final, o cardeal Ratzinger pedirá a Deus que conceda "à Igreja, privada de seu pastor, o consolo da fé e da esperança".

Finda a missa, o caixão será levado à cripta subterrânea da Basílica de São Pedro, enquanto uma procissão formada por clérigos mais importantes e amigos do papa, liderada pelo cardeal camerlento, o espanhol Eduardo Martinez Somal, canta o Magnificat. O caixão de madeira será envolto em um caixão de zinco que ficará hermeticamente fechado. Depois, será colocado em um caixão de carvalho e sepultado sob uma lápide de mármore. O último louvor em latim será "Salve Regina" (Salve Rainha).





Fonte: AE-AP

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