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Patrus apóia meios legais de planejamento familiar
O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, disse que, como cristão e católico, defende que sejam disponibilizados todos os métodos de planejamento familiar assegurados por lei. Ele participou do programa Diálogo Brasil dessa quarta-feira , que discutiu a relação Igreja-Estado.
Durante o debate, Patrus Ananias lembrou que a tradição cristã "tem uma contribuição muito grande a oferecer na questão da ética e dos princípios morais. E tem uma autoridade moral para se fazer ouvir".
Para o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e integrante do Conselho Econômico da Arquidiocese, Marcílio Marques Moreira, a discussão sobre bioética é um dos grandes desafios para o próximo papa, "que terá de encarar como compatibilizar a ética - a espinha dorsal da Igreja - com assuntos extremamente complexos, como a célula-tronco ou a clonagem".
O bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti, Dom Mauro Morelli, foi questionado pelo mediador do programa, Florestan Fernandes Jr., sobre o fato de, no passado, a Igreja ter sido contra os transplantes de órgãos - um avanço tecnológico que, com o tempo, se mostrou positivo. Ele afirmou que no passado a Igreja tinha certa arrogância e achava que tinha respostas para tudo. "Com cautela vai evoluindo, é como uma criança que faz muitas perguntas", acrescentou.
Questionamento
Para o bispo, é preciso questionar as novas tecnologias antes de aprová-las. "É preciso refletir sobre o que está por trás das discussões, o interesse do mercado ou o avanço técnico". De acordo com ele, não se pode abençoar o que ainda não chegou à perfeição. "Nenhum de nós é contra o avanço tecnológico, mas temos que ter certa cautela e o Papa não pode abençoar aquilo que ainda não chegou a um nível adequado", ressaltou.
O teólogo Frei Betto afirmou que a Igreja tem que repensar sua estrutura evangelizadora. "Não é o caso de ordenação de homens casados e mulheres, de buscar novos mecanismos para multiplicar os nossos ministérios?", questionou.
Segundo Dom Mauro Morelli, a questão não é nem casados nem solteiros, nem homens nem mulheres. "Devem ser ordenadas as pessoas que sejam eminentes na fé e excelentes na caridade", disse. Ele considera que a Igreja deveria trabalhar duas palavras: autonomia e comunhão. "No mundo de hoje, precisamos de muita descentralização. No Rio de Janeiro, de dez bispos, apenas dois são do estado. Alguma coisa desencontrada está aí. Se a Igreja não se abrir e continuar centralizada, não vai longe", afirmou.
Patrus Ananias ressaltou que tanto a Igreja quanto o Estado trabalham pelo direito à moradia, educação e saúde. "Essa convergência em nome do bem comum faz com que eles se encontrem". O ministro lembrou que, no Brasil, as duas instituições buscam esse encontro por meio de parcerias como a que ocorre com a Pastoral da Criança. Anunciou que agora o governo está buscando um novo parceiro, os vicentinos.
Durante o debate, Patrus Ananias lembrou que a tradição cristã "tem uma contribuição muito grande a oferecer na questão da ética e dos princípios morais. E tem uma autoridade moral para se fazer ouvir".
Para o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e integrante do Conselho Econômico da Arquidiocese, Marcílio Marques Moreira, a discussão sobre bioética é um dos grandes desafios para o próximo papa, "que terá de encarar como compatibilizar a ética - a espinha dorsal da Igreja - com assuntos extremamente complexos, como a célula-tronco ou a clonagem".
O bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti, Dom Mauro Morelli, foi questionado pelo mediador do programa, Florestan Fernandes Jr., sobre o fato de, no passado, a Igreja ter sido contra os transplantes de órgãos - um avanço tecnológico que, com o tempo, se mostrou positivo. Ele afirmou que no passado a Igreja tinha certa arrogância e achava que tinha respostas para tudo. "Com cautela vai evoluindo, é como uma criança que faz muitas perguntas", acrescentou.
Questionamento
Para o bispo, é preciso questionar as novas tecnologias antes de aprová-las. "É preciso refletir sobre o que está por trás das discussões, o interesse do mercado ou o avanço técnico". De acordo com ele, não se pode abençoar o que ainda não chegou à perfeição. "Nenhum de nós é contra o avanço tecnológico, mas temos que ter certa cautela e o Papa não pode abençoar aquilo que ainda não chegou a um nível adequado", ressaltou.
O teólogo Frei Betto afirmou que a Igreja tem que repensar sua estrutura evangelizadora. "Não é o caso de ordenação de homens casados e mulheres, de buscar novos mecanismos para multiplicar os nossos ministérios?", questionou.
Segundo Dom Mauro Morelli, a questão não é nem casados nem solteiros, nem homens nem mulheres. "Devem ser ordenadas as pessoas que sejam eminentes na fé e excelentes na caridade", disse. Ele considera que a Igreja deveria trabalhar duas palavras: autonomia e comunhão. "No mundo de hoje, precisamos de muita descentralização. No Rio de Janeiro, de dez bispos, apenas dois são do estado. Alguma coisa desencontrada está aí. Se a Igreja não se abrir e continuar centralizada, não vai longe", afirmou.
Patrus Ananias ressaltou que tanto a Igreja quanto o Estado trabalham pelo direito à moradia, educação e saúde. "Essa convergência em nome do bem comum faz com que eles se encontrem". O ministro lembrou que, no Brasil, as duas instituições buscam esse encontro por meio de parcerias como a que ocorre com a Pastoral da Criança. Anunciou que agora o governo está buscando um novo parceiro, os vicentinos.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/348360/visualizar/
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