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Nacional
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 17:25
Por: Luthianna Hollenbach

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Brasília - "O cidadão não sabe exatamente quem é o responsável pelo direito que ele usufrui. Pergunte ao cidadão quem é responsável pelo segurança pública. Ele dirá que é o governo Federal, quando na verdade é o governo Estadual. Então esse tipo de incompreensão por parte do cidadão só pode ser resolvida por uma comunicação pública adequada. É aí que entram as rádios públicas. Acho que é nesse campo que vocês devem aprofundar nesse seminário, ou seja, de que maneira a relação do cidadão e Estado pode ser mais intensas e mais corretas", afirma Luiz Gushiken, secretário de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, na abertura do seminário internacional "A Radiodifusão Pública no Desenvolvimento e na Cidadania".

O seminário, que conta com a presença de emissoras de 19 países, tem como objetivo capacitar jornalistas, radialistas e estudantes de jornalismo de diversos países e funcionários da Radiobrás. "Este é um dos eventos mais significativos já ocorridos na área de rádio no Brasil, porque reúne emissoras públicas de mais de 10 países. Vamos discutir o papel do rádio, a contribuição que o rádio pode dar no desenvolvimento da América Latina, explica Márcia Detoni, chefe do Departamento de Rádio da Radiobrás.

"A razão de ser das nossas rádios públicas é emancipar o cidadão, para que ele forme sua opinião a respeito de cada assunto, pois assim formaremos uma democracia forte", afirma Eugênio Bucci, presidente da Radiobrás e da Associação das Rádios Nacionais de Serviço Público da América Latina (Arnaspal).

O sociólogo e doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo, Laurindo Lalo Leal, explica que "esse seminário é uma oportunidade única de se discutir o papel da radiodifusão como serviço público no Brasil. O rádio no Brasil se consagrou como empreeendimento privado, mantido pela propaganda - e o rádio público ficou meio esquecido. Embora a constituição diga que a radiodifusão deve ser complementar entre o público, o privado e o estatal, no Brasil nós temos muito privado, alguma coisa de Estatal e quase nada de Público. Este é um momento de discutir isso, porque implica no aumento da responsabilidade da radidifusão pública como uma forma de apresentar alternativas a esse modelo padronizado veiculado pela rádio comercial."

Durante todo o dia de hoje, haverá palestras sobre os temas rádio pública como instrumento para o desenvolvimento e cidadania, desafios e tendências da rádio atual e tecnologia digital: o futuro do rádio. A última palestra está prevista paar ocorrer às 17:00h.

O seminário foi aberto pelo presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, e da mesa participaram o ministro da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, o presidente da Associação das Rádios Públicas Brasileiras, Ney Messias, e a chefe do Departamento de Rádio da Radiobrás, Márcia Detoni.

No segundo dia do encontro, as palestras abordarão três temas: Comunicação a serviço da sociedade, Despartidarização das emissoras públicas e Transparência e ética nos princípios editoriais.

A programação completa pode ser obtida no site www.radiobras.gov.br, clicando em Arnaspal.





Fonte: Agencia Brasil

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