Desnutrição indígena em Dourados diminuiu, diz coordenador da Funasa
"Há ainda uma equipe de busca para fazer o acompanhamento alimentar das crianças", informa. "Precisamos agora é capacitar mais ainda as cidades das regiões da fronteira com o Paraguai, onde o fluxo de índios que entram no Brasil foge ao nosso controle. Não há um tratamento adequado naquele país".
A Funasa informou esta semana que as duas últimas mortes de crianças indígenas foi causada por leishmaniose. Segundo o coordenador, são de pacientes da região de Antonio João, na fronteira do Brasil com o Paraguai.
"Nós já temos o controle total da situação. Esses óbitos que vêm ocorrendo são óbitos de pacientes que estavam internados no mês de fevereiro. Tivemos apenas dois pacientes associados à desnutrição", analisa.
De acordo com Costa, a pneumonia e a diarréia foram responsáveis por outras 16 mortes. "Devido ao volume de doenças associadas e à fragilidade ambiental em que vivem, esses pacientes acabam morrendo. O fato novo foi o aparecimento de dois óbitos pela causa da leishmaniose", afirma.
Segundo Costa, a leishmaniose tem como agente transmissor o mosquito do gênero flebótomo, e como hospedeiro o cachorro. "O mosquito retira de dentro do cão, principalmente na pele, os protozoários, que são levados para os seres humanos, principalmente às crianças de até dez anos. É o que está acontecendo na região de Antonio João".
Ele acrescentou que a leishmaniose provoca a desnutrição, diagnosticada nas crianças. "É preciso ter parâmetros, nos casos de desnutrição que acontecem pelas questões sócio-econômicas destas pessoas, e a questão nova: a contaminação através da leishmaniose, que provoca a desnutrição. Estamos preparando muito essas duas questões para que possamos atacar de forma bem precisa e pontual".
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