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Seca também pode gerar “emergência” em regiões de Mato Grosso
Representantes de seis prefeituras – lideradas pela de Guiratinga (334 quilômetros de Cuiabá) e de Tesouro (385km), ambas situadas a Sudeste de Mato Grosso, na mesorregião que leva o nome do segundo município – têm reunião marcada, na manhã desta quinta-feira (07), com o superintendente da Defesa Civil do Estado, Domingos Iglesias Valério, e técnicos do órgão.
Em meio a registros de desastres naturais ocorridos em quase todos os pontos do interior – por causa de precipitações de água provocadas por chuvas – essas prefeituras enfrentam problemas de conseqüências idênticas, mas com causas graves em duplicidade.
“Nossa região sofreu dois fenômenos quase simultâneos: tivermos perdas de safra com a seca e, logo em seguida, com as fortes chuvas”, alertou o prefeito de Guiratinga, Hélio Antonio Filipin Goulart (PFL).
“Elas passam por problemas econômicos de grande monta que a falta de chuvas provocou por um período e, agora, as chuvas” em várias cidades das regiões a que pertencem, afetam a economia delas, disse Iglesias. Segundo divulgado pela Defesa Civil, em seu boletim desta semana – o nº 017/05 Cedec-MT, os municípios estariam com seus compromissos financeiros prejudicados. Por isso, os prefeitos solicitaram à Defesa Civil estudar a possibilidade de considerar o caso como “de anormalidade” e a decretação de Situação de Emergência.
Na Assembléia Legislativa, deputados mantêm encontros e contatos freqüentes com setores do governo e com os municípios. “Não podemos deixar que essa ‘corrente’ seja interrompida sob pena de vermos nossos esforços – na Capital e no interior – ir literalmente por água abaixo. Nosso papel é manter firme essa mobilização pela melhoria das condições das nossas estradas e, conseqüentemente, dos municípios do nosso Estado”, disse o deputado Pedro Satélite.
Ele, o líder do governo na Assembléia – deputado Mauro Savi (PPS), e outros parlamentares a exemplo de Dilceu Dal’Bosco, Silval Barbosa e José Riva estão articulando ações emergenciais nessa busca de soluções.
Em Água Boa (736 quilômetros de Cuiabá, a Nordeste, na mesorregião de Canarana), dois menores morreram afogados – levados por enxurrada – por causa de cheias e fortes correntes de águas provocadas por chuvas ocorridas naquela localidade.
Junto com Campinápolis (565km) e Paranatinga (411km, a Norte do Estado), Água Boa é um dos municípios do roteiro de outras viagens que a Defesa Civil está preparando.
O programa é de “vistorias técnicas” na busca de eventos que possam também fundamentar a decretação de Situação de Emergência nos três municípios. Iglesias explicou que a enxurrada – como a de Água Boa – é provocada por fortes erosões urbanas e voçorocas.
O órgão tem equipe especializada nessa área e Iglesias foi professor titular de matéria que engloba esses desastres naturais, nos cursos de Engenharias Civil e Sanitária, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
SAGA DE ANTECESSOR
“A situação é extremamente grave. Nossos problemas são com águas pluviais e erosões que avançam no sentido da cidade”, alertou o prefeito Maurício Cardoso Tonha (PPS), de Água Boa. Ele disse que não há moradores em áreas de risco, mas que a situação se agrava e as deficiências se tornam cada vez maiores em função da falta de recursos.
“Hoje, precisamos mais de obras preventivas, de contenção, para que os atuais problemas não aumentem”. Segundo Maurício Tonha, ele continua vivendo a saga de seu antecessor que teria administrado Água Boa vivendo os quatro anos de gestão em constante “situação de emergência”. O atual prefeito já está em Cuiabá e confirmou presença na reunião com a Defesa Civil.
Seu secretário de Desenvolvimento, Pedro Bonette, foi mais além: “Temos muitos problemas na cidade, sem esgotos e infra-estrutura”. No acidente que tirou a vida dos dois menores – um menino de 13 anos e uma moça de 15, as chuvas atingiram os 100 milímetros em apenas 40 minutos.
Segundo fontes da prefeitura, as vítimas estavam em frente ao colégio particular Cooperensino, onde estudavam – bem próximo ao centro da cidade –, quando foram arrastadas e jogadas em um canal de captação d’água, cerca de 50 metros abaixo. Água Boa tem 22 mil habitantes.
VERA
Em Vera (486km de Cuiabá, na região de Sinop, ao Norte), o excesso de chuvas está provocando o apodrecimento de quase um terço da lavoura. O prefeito José Nilton dos Santos (PMDB) observou que, em alguns casos, produtores chegaram a perder em torno de 300 hectares de área plantada.
“Estamos perdendo entre 25% e 30% da nossa produção nesses últimos 40 dias, com a agravante dos problemas que também enfrentamos nas estradas”, disse. Os prejuízos atingem mais as produções de soja e arroz, nessa ordem.
PREVISÕES
O Boletim da Defesa Civil informa que o Instituto Nacional de Metrologia (Inmet) e o Centro do Serviço Americano de Metrologia (MBR) previram chuvas de pequena e média precipitações – entre 5mm e 20mm – em diversos pontos do Estado, até sábado (09). A exceção ocorrerá na tarde-noite da sexta-feira (08): “Não haverá chuva em todo o Estado de Mato Grosso”, garantiu o boletim para esse período.
O documento revela ainda que o primeiro período de chuvas do ano chegará ao fim ainda no início da segunda quinzena de abril. A segunda fase deve começar na segunda metade de outubro próximo.
A reunião na superintendência da Defesa Civil tem início previsto para as 09h30. Durante esta manhã, alguns prefeitos estavam se mobilizando na tentativa de antecipar o encontro para ainda hoje. Domingos Iglesias está procurando manter a programação oficial por causa de outros prefeitos e de setores que já confirmaram presença. A Secretaria Estadual de Agricultura e a Famato (Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso) foram convidadas a participar e dar seus pareceres sobre o caso.
Em Colniza (l.65km de Cuiabá, Norte mato-grossense, mesorregião de Aripuanã), ações emergenciais de desobstrução de estradas possibilitaram a chegada de óleo diesel no município e evitaram o racionamento que estava iminente para até a meia-noite de anteontem.
Em meio a registros de desastres naturais ocorridos em quase todos os pontos do interior – por causa de precipitações de água provocadas por chuvas – essas prefeituras enfrentam problemas de conseqüências idênticas, mas com causas graves em duplicidade.
“Nossa região sofreu dois fenômenos quase simultâneos: tivermos perdas de safra com a seca e, logo em seguida, com as fortes chuvas”, alertou o prefeito de Guiratinga, Hélio Antonio Filipin Goulart (PFL).
“Elas passam por problemas econômicos de grande monta que a falta de chuvas provocou por um período e, agora, as chuvas” em várias cidades das regiões a que pertencem, afetam a economia delas, disse Iglesias. Segundo divulgado pela Defesa Civil, em seu boletim desta semana – o nº 017/05 Cedec-MT, os municípios estariam com seus compromissos financeiros prejudicados. Por isso, os prefeitos solicitaram à Defesa Civil estudar a possibilidade de considerar o caso como “de anormalidade” e a decretação de Situação de Emergência.
Na Assembléia Legislativa, deputados mantêm encontros e contatos freqüentes com setores do governo e com os municípios. “Não podemos deixar que essa ‘corrente’ seja interrompida sob pena de vermos nossos esforços – na Capital e no interior – ir literalmente por água abaixo. Nosso papel é manter firme essa mobilização pela melhoria das condições das nossas estradas e, conseqüentemente, dos municípios do nosso Estado”, disse o deputado Pedro Satélite.
Ele, o líder do governo na Assembléia – deputado Mauro Savi (PPS), e outros parlamentares a exemplo de Dilceu Dal’Bosco, Silval Barbosa e José Riva estão articulando ações emergenciais nessa busca de soluções.
Em Água Boa (736 quilômetros de Cuiabá, a Nordeste, na mesorregião de Canarana), dois menores morreram afogados – levados por enxurrada – por causa de cheias e fortes correntes de águas provocadas por chuvas ocorridas naquela localidade.
Junto com Campinápolis (565km) e Paranatinga (411km, a Norte do Estado), Água Boa é um dos municípios do roteiro de outras viagens que a Defesa Civil está preparando.
O programa é de “vistorias técnicas” na busca de eventos que possam também fundamentar a decretação de Situação de Emergência nos três municípios. Iglesias explicou que a enxurrada – como a de Água Boa – é provocada por fortes erosões urbanas e voçorocas.
O órgão tem equipe especializada nessa área e Iglesias foi professor titular de matéria que engloba esses desastres naturais, nos cursos de Engenharias Civil e Sanitária, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
SAGA DE ANTECESSOR
“A situação é extremamente grave. Nossos problemas são com águas pluviais e erosões que avançam no sentido da cidade”, alertou o prefeito Maurício Cardoso Tonha (PPS), de Água Boa. Ele disse que não há moradores em áreas de risco, mas que a situação se agrava e as deficiências se tornam cada vez maiores em função da falta de recursos.
“Hoje, precisamos mais de obras preventivas, de contenção, para que os atuais problemas não aumentem”. Segundo Maurício Tonha, ele continua vivendo a saga de seu antecessor que teria administrado Água Boa vivendo os quatro anos de gestão em constante “situação de emergência”. O atual prefeito já está em Cuiabá e confirmou presença na reunião com a Defesa Civil.
Seu secretário de Desenvolvimento, Pedro Bonette, foi mais além: “Temos muitos problemas na cidade, sem esgotos e infra-estrutura”. No acidente que tirou a vida dos dois menores – um menino de 13 anos e uma moça de 15, as chuvas atingiram os 100 milímetros em apenas 40 minutos.
Segundo fontes da prefeitura, as vítimas estavam em frente ao colégio particular Cooperensino, onde estudavam – bem próximo ao centro da cidade –, quando foram arrastadas e jogadas em um canal de captação d’água, cerca de 50 metros abaixo. Água Boa tem 22 mil habitantes.
VERA
Em Vera (486km de Cuiabá, na região de Sinop, ao Norte), o excesso de chuvas está provocando o apodrecimento de quase um terço da lavoura. O prefeito José Nilton dos Santos (PMDB) observou que, em alguns casos, produtores chegaram a perder em torno de 300 hectares de área plantada.
“Estamos perdendo entre 25% e 30% da nossa produção nesses últimos 40 dias, com a agravante dos problemas que também enfrentamos nas estradas”, disse. Os prejuízos atingem mais as produções de soja e arroz, nessa ordem.
PREVISÕES
O Boletim da Defesa Civil informa que o Instituto Nacional de Metrologia (Inmet) e o Centro do Serviço Americano de Metrologia (MBR) previram chuvas de pequena e média precipitações – entre 5mm e 20mm – em diversos pontos do Estado, até sábado (09). A exceção ocorrerá na tarde-noite da sexta-feira (08): “Não haverá chuva em todo o Estado de Mato Grosso”, garantiu o boletim para esse período.
O documento revela ainda que o primeiro período de chuvas do ano chegará ao fim ainda no início da segunda quinzena de abril. A segunda fase deve começar na segunda metade de outubro próximo.
A reunião na superintendência da Defesa Civil tem início previsto para as 09h30. Durante esta manhã, alguns prefeitos estavam se mobilizando na tentativa de antecipar o encontro para ainda hoje. Domingos Iglesias está procurando manter a programação oficial por causa de outros prefeitos e de setores que já confirmaram presença. A Secretaria Estadual de Agricultura e a Famato (Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso) foram convidadas a participar e dar seus pareceres sobre o caso.
Em Colniza (l.65km de Cuiabá, Norte mato-grossense, mesorregião de Aripuanã), ações emergenciais de desobstrução de estradas possibilitaram a chegada de óleo diesel no município e evitaram o racionamento que estava iminente para até a meia-noite de anteontem.
Fonte:
Secretaria de Imprensa/AL
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/348561/visualizar/
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