Engenheiro acha impossível expansão de Jerusalém
"Não será possível construir um novo bairro residencial nem aumentar a construção de bairros judeus em Jerusalém Oriental", onde a população palestina é maioria, disse o engenheiro Uri Shitrit.
Com isso, ele considera que não será construído o bairro ao leste da Colina Francesa, projetado para criar uma contigüidade território entre Jerusalém e o assentamento de Maaleh Adumim.
O ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, aprovou há vários meses a construção de um novo bairro de 3.500 casas nessa área, conhecida como "E-1", o que é considerado uma provocação por parte das autoridades israelenses em um momento crítico nas relações com os palestinos.
Segundo Shitrit, não será possível construir esse bairro porque não existem suficientes terras públicas na região, de modo que a construção implicaria o confisco em grande escala de terrenos particulares, e porque "hoje em dia não seria correto construir em Jerusalém bairros judeus colados a bairros árabes".
Shitrit acha que, para 2020, serão necessárias 165 mil novas casas na cidade e a única alternativa para satisfazer essa demanda é expandir Jerusalém na direção oeste.
A União Européia (UE) expressou sua oposição ao plano e espera-se que o presidente dos EUA, George W. Bush, faça o mesmo quando receber na próxima semana o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.
Segundo o Mapa de Caminho, a última iniciativa diplomática internacional para resolver o conflito palestino-israelense, Israel deve frear a expansão dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos conquistados na guerra de 1967.
Paralelamente, Sharon recebeu garantias de Bush no ano passado de que Israel não terá de renunciar aos grandes blocos de assentamentos, entre eles Maaleh Adumim, em suas negociações com os palestinos.
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