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Produtividade cai para 40 sacas
Há cerca de 50 dias sob chuvas, as lavouras concentradas na região de Sinop (503 quilômetros ao Norte de Cuiabá) já apresentam sérios problemas de produtividade. Entre grãos ardidos e podres, a rentabilidade está em média em 40 sacas por hectare (ha), volume bem abaixo das 60 sacas estimadas no início da safra 04/05.
Os grãos que estão deixando de ser colhidos, ou que estão sem qualidade para a comercialização, implicam em um prejuízo de R$ 150 milhões para toda a economia local e avolumam mais de 1 milhão de toneladas (t).
Com a perda de produtividade, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Sinop, Antônio Rossani Júnior, estima que os sojicultores estejam arcando com mais um prejuízo, desta vez, de R$ 600/ha.
“Temos um custo de produção de R$ 1,4 mil e com a venda do grão conseguimos apenas R$ 800, a diferença de R$ 600 é nosso prejuízo”, avalia. Ele reitera que pelo menos 20 sacas/ha estão sendo perdidas.
“Existem perdas de 100%. Há casos em que os talhões foram abandonados, houve demora para sua retirada, o que resultou no apodrecimento do grão. Se chove às 11h da manhã, perdemos o dia em função do alto nível de umidade na planta e no solo”, explica Rossani.
Em algumas localidades – altamente produtoras de soja - que fazem parte da grande Sinop, como Ipiranga do Norte, Santa Carmem, Tabaporã e Porto dos Gaúchos, há propriedades com rendimento de apenas 30 sacas/ha, ou 50% abaixo do estimado.
Em Sinop a colheita está atrasada, restando aproximadamente 25% dos 260 mil/ha que formam a região produtora de soja do município. Tradicionalmente, o grão de ciclo mais tardio – o mais afetado neste período de chuvas – é colhido até o final de março, mas nestas circunstâncias, se estende pelo mês de abril, conforme a meteorologia permitir.
SORRISO - O vice-presidente do Sindicato Rural de Sorriso (420 quilômetros ao Norte de Cuiabá), Sadi Beledelli, concorda que as perdas atingem em cheio os produtores que optaram por variedades mais tardias e de ciclos mais longos.
“Mas exatamente em Sorriso, acredito que as perdas ocasionadas pelo excesso de chuvas durante o mês de março contabilizem perdas de 8% a 10% da produção, estimada em cerca de 2 milhões de toneladas”, aposta.
Ele conta que de uma perspectiva de rendimento de 56 a 57 sacas/ha, o sojicultor tem concretizado média de 50, chegando a 52 sacas/ha. “O pico da colheita aconteceu justamente durante o período de chuvas, então ao invés de 3,3 mil ou 3,4 mil quilos por hectare, temos cerca de 3 mil quilos/ha, ou, 50 sacas”, explica.
ARROZ - Na orizicultura os produtores também sentem os prejuízos na safra da cultura. Segundo presidente da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (APA/MT), Ângelo Maronezzi, ainda não é possível contabilizar as perdas para as lavouras.
“Mas estamos com os trabalhos de colheita atrasados, talhões passaram da hora de colher e com as chuvas as plantas ficaram bastante acamadas atrapalhando sua retirada”, explica.
Maronezzi observa que na safra passada nesta mesma época, mais de 95% do arroz havia sido colhido e agora o volume não passa de 70%. “A previsão, se o tempo ajudar, é de terminar somente entre o dia 20 e 25 deste mês”.
MATO GROSSO - De acordo com as estimativas de safra da AgRural, a área plantada com a oleaginosa no Estado é de 5,8 milhões/ha e produção de estimada entre 16,5 milhões/t a 17,5 milhões/t, variando de acordo com a média de produtividade.
Até o final da semana passada, em um levantamento da AgRural, cerca de 60% da área total estava colhida.
O levantamento confirma que os problemas mais sérios com relação ao excesso de chuvas está na região Médio-Norte, que representa quase 40% da safra mato-grossense.
Os grãos que estão deixando de ser colhidos, ou que estão sem qualidade para a comercialização, implicam em um prejuízo de R$ 150 milhões para toda a economia local e avolumam mais de 1 milhão de toneladas (t).
Com a perda de produtividade, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Sinop, Antônio Rossani Júnior, estima que os sojicultores estejam arcando com mais um prejuízo, desta vez, de R$ 600/ha.
“Temos um custo de produção de R$ 1,4 mil e com a venda do grão conseguimos apenas R$ 800, a diferença de R$ 600 é nosso prejuízo”, avalia. Ele reitera que pelo menos 20 sacas/ha estão sendo perdidas.
“Existem perdas de 100%. Há casos em que os talhões foram abandonados, houve demora para sua retirada, o que resultou no apodrecimento do grão. Se chove às 11h da manhã, perdemos o dia em função do alto nível de umidade na planta e no solo”, explica Rossani.
Em algumas localidades – altamente produtoras de soja - que fazem parte da grande Sinop, como Ipiranga do Norte, Santa Carmem, Tabaporã e Porto dos Gaúchos, há propriedades com rendimento de apenas 30 sacas/ha, ou 50% abaixo do estimado.
Em Sinop a colheita está atrasada, restando aproximadamente 25% dos 260 mil/ha que formam a região produtora de soja do município. Tradicionalmente, o grão de ciclo mais tardio – o mais afetado neste período de chuvas – é colhido até o final de março, mas nestas circunstâncias, se estende pelo mês de abril, conforme a meteorologia permitir.
SORRISO - O vice-presidente do Sindicato Rural de Sorriso (420 quilômetros ao Norte de Cuiabá), Sadi Beledelli, concorda que as perdas atingem em cheio os produtores que optaram por variedades mais tardias e de ciclos mais longos.
“Mas exatamente em Sorriso, acredito que as perdas ocasionadas pelo excesso de chuvas durante o mês de março contabilizem perdas de 8% a 10% da produção, estimada em cerca de 2 milhões de toneladas”, aposta.
Ele conta que de uma perspectiva de rendimento de 56 a 57 sacas/ha, o sojicultor tem concretizado média de 50, chegando a 52 sacas/ha. “O pico da colheita aconteceu justamente durante o período de chuvas, então ao invés de 3,3 mil ou 3,4 mil quilos por hectare, temos cerca de 3 mil quilos/ha, ou, 50 sacas”, explica.
ARROZ - Na orizicultura os produtores também sentem os prejuízos na safra da cultura. Segundo presidente da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (APA/MT), Ângelo Maronezzi, ainda não é possível contabilizar as perdas para as lavouras.
“Mas estamos com os trabalhos de colheita atrasados, talhões passaram da hora de colher e com as chuvas as plantas ficaram bastante acamadas atrapalhando sua retirada”, explica.
Maronezzi observa que na safra passada nesta mesma época, mais de 95% do arroz havia sido colhido e agora o volume não passa de 70%. “A previsão, se o tempo ajudar, é de terminar somente entre o dia 20 e 25 deste mês”.
MATO GROSSO - De acordo com as estimativas de safra da AgRural, a área plantada com a oleaginosa no Estado é de 5,8 milhões/ha e produção de estimada entre 16,5 milhões/t a 17,5 milhões/t, variando de acordo com a média de produtividade.
Até o final da semana passada, em um levantamento da AgRural, cerca de 60% da área total estava colhida.
O levantamento confirma que os problemas mais sérios com relação ao excesso de chuvas está na região Médio-Norte, que representa quase 40% da safra mato-grossense.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/348748/visualizar/
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