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Quarta - 06 de Abril de 2005 às 07:36

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O helicóptero da PM, ao cair, deixou um rastro de aproximadamente 150 metros. Destroços do que era a nave ficaram espalhados por toda a região. O avião não chegou a bater contra as arvores. O mais provável é que tenha caído com o bico no chão e capotado diversas vezes. O Águia Uno estava de ponta cabeça e apenas uma pequena parte de sua carenagem permanecia intacta. O tanque de combustível ficou de ponta-cabeça. A parte do bico foi completamente destruída. Das hélices, três no total, pequenas partes de duas delas permaneciam presas à aeronave. Fato que chamou a atenção era que, no meio de todo o ferro retorcido, havia uma parte de uma maca amarela onde podia ser lida a frase: resgate.

Durante toda à manhã foi intensa a movimentação no local do acidente. Dezenas de soldados do Corpo de Bombeiros, além dos comandante e da equipe do Graer, permaneceram no local.

A equipe da Perícia Criminalística chegou por volta das 10h e permaneceu ali por cerca de 2 horas.

Havia expectativa de que os técnicos do Departamento de Aviação Civil (DAC) chegassem ainda pela manhã ao local, o que não aconteceu.

Somente depois da vistoria e perícia dos técnicos é que os destroços seriam removidos

Os corpos dos tripulantes foram retirados às 11h e levados em um carro do Corpo de Bombeiros para o Instituto Médico Legal (IML).

Uma equipe da Delegacia de Delitos de Trânsito foi ao local para fazer a liberação dos corpos acompanhados de um delegado.

Golpe de sorte - O soldado Daicil Pereira, 29, deveria estar na aeronave Águia Uno na noite do acidente. O sargento Joel Pereira Machado terminou indo em seu lugar para que o soldado pudesse ir para a faculdade, onde cursa Matemática. "Estávamos em dúvida se eu ia ou o sargento Machado. Ai ele disse fica ai, se tem aula", relembrou.

Daicil foi a última pessoa a manter contato com o tripulante do helicóptero antes de sua queda repentina.

"Eu fiquei na base e tinha como responsabilidade agilizar o local para que a aeronave pudesse descer, lá no bairro Poção. O sargento pediu a confirmação do local para o pouso e eu disse que ia pedir a confirmação, ouvi que ele tentou dizer algo mais e não conseguiu. Perdemos o contato. Ficamos esperando um pouco para tentar contato, mas não deu mais", disse ele.

Daicil - que permaneceu no local do acidente durante toda a manhã - disse acreditar que tudo na vida tem seu momento, um destino. "É claro que passa um monte de coisa pela cabeça. Algumas coisas acabam mudando depois disso tudo, muda sim a forma como você passa a ver outras coisas".

Apesar de abalado, Daicil disse que não vai desistir de integrar o grupamento que é considerado um dos mais interessantes dentro da Corporação Militar.

O policial está na unidade há três anos e ratificou que vai permanecer cumprindo seu papel nesse mesmo local, apesar da tragédia. (PN)




Fonte: A Gazeta

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