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Nacional
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 06:56

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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizará em abril marchas e ocupações por todo o País para pressionar a reforma agrária, informou na segunda-feira um membro da direção do grupo. Eles também querem mudanças na política econômica do Brasil.

"Este ano as ações de protesto não serão somente contra o latifúdio, serão também por mudanças no modelo econômico", disse João Paulo Rodrigues, membro da coordenadoria nacional do MST.

Rodrigues também afirmou que a direção do grupo não decidiu se o MST aumentará este mês o número de ocupações de terras, como aconteceu em 2004, em uma onda de invasões conhecidas como Abril Vermelho. Nessa campanha, mais de 30 mil famílias ocuparam cerca de 150 propriedades em 20 dos 27 Estados brasileiros.

Em meio às ocupações, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou os fundos destinados à reforma agrária. Pouco depois, os membros do MST se retiraram das terras ocupadas, conseguindo, em alguns casos, se estabelecer em assentamentos permanentes.

Em 2005, "vamos ter mobilizações, porém não serão como as do ano passado", assegurou Rodrígues.

Tradicionalmente o MST, fundado em 1984, realiza de abril até 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, caminhadas e manifestações em diferentes localidades do País para pressionar pela entrega de terras. Um encontro em Goiás está previsto para o dia 17 de abril. O MST espera reunir 10 mil membros do movimento.

Segundo dados do Ministério da Reforma Agrária, em 2003 foram assentados no campo 36,3 mil famílias. No ano passado esse número aumentou para 81,2 mil famílias. No entanto, a intenção do ministério era assentar cerca de 115 mil famílias até 2004 para cumprir a meta do governo - de assentar 400 mil famílias até 2006.

O Ministro da Reforma Agrária, Miguel Rossetto, disse, na semana passada, que cortes no orçamento põem em risco a meta sobre o número de famílias que o próprio governo deseja entregar lotes.




Fonte: AP

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