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Khatami quer avanços na nova rodada de negociações com a troika
O presidente do Irã, Mohamed Khatami, disse nesta terça-feira que "o país está mais perto de uma solução" sobre o futuro do programa nuclear iraniano e que espera mais avanços na próxima rodada de negociações com a troika européia, formada por Alemanha, França e Reino Unido.
Depois de um encontro de quase duas horas com o presidente francês, Jacques Chirac, no Palácio do Eliseu, Khatami declarou que espera progressos na reunião do final deste mês "graças ao apoio francês e ao amparo dado ao plano global" apresentado por Teerã.
O presidente iraniano disse que achou a reação européia ao "plano global" proposto "muito aberta, principalmente a da França".
"Acho que demos passos positivos e espero conseguir avanços ainda mais importantes na reunião de especialistas no dia 29 de abril", disse Khatami.
Na primeira visita à França desde 1999, Khatami, que não pode se candidatar a um terceiro mandato nas eleições presidenciais de junho, se reuniu com Chirac. O encontro aconteceu depois da participação do presidente iraniano e de seu colega da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, numa reunião da Unesco sobre o diálogo entre as civilizações.
Segundo o porta-voz do Palácio do Eliseu, Chirac reafirmou a Khatami "a vontade dos europeus de encontrar, por meio do diálogo, uma solução que estabeleça o caráter pacífico do programa nuclear iraniano". Ambos se referiram ao encontro de 29 de abril como "a próxima etapa desse diálogo".
Nas negociações, a troika tenta obter do Irã "garantias objetivas" de que seu programa nuclear só tem e terá fins pacíficos.
Em troca, os três países europeus oferecem contrapartidas nos âmbitos tecnológico, comercial e de segurança.
Num acordo firmado em novembro, o Irã aceitou suspender provisoriamente suas atividades de enriquecimento de urânio, mas não quer renunciar a elas definitivamente.
Em uma entrevista nesta terça-feira ao jornal Le Figaro, Khatami disse ser "inaceitável toda a pressão para obrigar" seu país a renunciar ao programa nuclear "pacífico".
"Estamos dispostos a considerar toda solução razoável, mas rejeitamos a suspensão definitiva de nossas atividades" , disse Khatami, ao falar do enriquecimento de urânio.
Para a imprensa, o presidente disse que no acordo de novembro está reconhecido "o direito do Irã de investir em tecnologia nuclear" e acrescentou que "enquanto durarem as negociações, o Irã suspenderá voluntariamente as atividades de enriquecimento de urânio".
"Sabemos que a Europa prefere uma solução diplomática. Esperamos que os europeus se deixem influenciar menos pelas pressões dos americanos e de outras potências"", declarou ao Le Figaro.
Os Estados Unidos, que não excluem o uso da força para impedir que o Irã desenvolva armamento nuclear, decidiram apoiar os esforços diplomáticos europeus.
Washington ofereceu a retirada de seu veto à eventual entrada do Irã na Organização Mundial do Comércio (OMC) e à venda de peças de reposição de aviões civis ao país. Em troca, os europeus prometeram apoiar os EUA para que o assunto seja levado ao Conselho de Segurança da ONU, caso as negociações com Teerã fracassem.
Depois de um encontro de quase duas horas com o presidente francês, Jacques Chirac, no Palácio do Eliseu, Khatami declarou que espera progressos na reunião do final deste mês "graças ao apoio francês e ao amparo dado ao plano global" apresentado por Teerã.
O presidente iraniano disse que achou a reação européia ao "plano global" proposto "muito aberta, principalmente a da França".
"Acho que demos passos positivos e espero conseguir avanços ainda mais importantes na reunião de especialistas no dia 29 de abril", disse Khatami.
Na primeira visita à França desde 1999, Khatami, que não pode se candidatar a um terceiro mandato nas eleições presidenciais de junho, se reuniu com Chirac. O encontro aconteceu depois da participação do presidente iraniano e de seu colega da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, numa reunião da Unesco sobre o diálogo entre as civilizações.
Segundo o porta-voz do Palácio do Eliseu, Chirac reafirmou a Khatami "a vontade dos europeus de encontrar, por meio do diálogo, uma solução que estabeleça o caráter pacífico do programa nuclear iraniano". Ambos se referiram ao encontro de 29 de abril como "a próxima etapa desse diálogo".
Nas negociações, a troika tenta obter do Irã "garantias objetivas" de que seu programa nuclear só tem e terá fins pacíficos.
Em troca, os três países europeus oferecem contrapartidas nos âmbitos tecnológico, comercial e de segurança.
Num acordo firmado em novembro, o Irã aceitou suspender provisoriamente suas atividades de enriquecimento de urânio, mas não quer renunciar a elas definitivamente.
Em uma entrevista nesta terça-feira ao jornal Le Figaro, Khatami disse ser "inaceitável toda a pressão para obrigar" seu país a renunciar ao programa nuclear "pacífico".
"Estamos dispostos a considerar toda solução razoável, mas rejeitamos a suspensão definitiva de nossas atividades" , disse Khatami, ao falar do enriquecimento de urânio.
Para a imprensa, o presidente disse que no acordo de novembro está reconhecido "o direito do Irã de investir em tecnologia nuclear" e acrescentou que "enquanto durarem as negociações, o Irã suspenderá voluntariamente as atividades de enriquecimento de urânio".
"Sabemos que a Europa prefere uma solução diplomática. Esperamos que os europeus se deixem influenciar menos pelas pressões dos americanos e de outras potências"", declarou ao Le Figaro.
Os Estados Unidos, que não excluem o uso da força para impedir que o Irã desenvolva armamento nuclear, decidiram apoiar os esforços diplomáticos europeus.
Washington ofereceu a retirada de seu veto à eventual entrada do Irã na Organização Mundial do Comércio (OMC) e à venda de peças de reposição de aviões civis ao país. Em troca, os europeus prometeram apoiar os EUA para que o assunto seja levado ao Conselho de Segurança da ONU, caso as negociações com Teerã fracassem.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/348826/visualizar/
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