Passarella mantém mistério sobre escalação

Na defensiva, Daniel Passarella escondeu a escalação do time na coletiva de terça e "cortou" quem insistiu no assunto.

O técnico argentino, que prepara a equipe do Corinthians para o jogo de quarta, contra o Cianorte (PR), sequer confirmou o esquema tático. O jogo contra o Cianorte será o jogo de volta da segunda fase da Copa do Brasil.

"Jogam Fábio Costa, Edson, Marinho, Sebastian, Betão, Gustavo Nery, Rosinei, Hugo, Carlos Alberto, Roger, Tevez e o Bobô. Ah, sim, esqueci o Marcelo Mattos", esquivou-se, dando o nome de 13 atletas e não do time que joga.

"Muito provavelmente jogaremos com três zagueiros. Se eles jogarem com um atacante, serão dois", disse, mais uma vez, sem confirmar nada. O Corinthians, que perdeu em Maringá (PR) por 3 a 0, terá de repetir o placar, agora a seu favor, para levar a disputa para os pênaltis. O que, de acordo com o retrospecto de Passarella no clube, não é tão fácil.

Desde que o treinador assumiu o time, nunca o Corinthians triunfou pelo placar de três tentos.

"Não tínhamos essa necessidade, quarta sim teremos. É lógico que não será fácil, a equipe não está 100%, perdemos o Gil e o Coelho... No primeiro jogo, eu mal conhecia os meus jogadores. Segui apenas orientações. Por conta disso, seguramente devo ter cometido erros. Erros que hoje não cometeria", profetizou.

Sobre a torcida corintiana, que esgotou os ingressos para a partida segunda-feira e deve lotar o Pacaembu, o treinador mostrou indiferença.

"Para mim, a torcida tem que ser do jeito que ela é. Está perfeito".

Bobô

O técnico Daniel Passarella saiu em defesa do atacante Bobô. O jogador, de 20 anos, foi muito criticado pelas falhas nas finalizações na partida contra o Ituano, domingo passado, pelo Campeonato Paulista.

Como Gil está machucado, Bobô deve ser titular na partida desta quarta-feira à noite, contra o Cianorte, no Pacaembu, pela Copa do Brasil. Por isso, o técnico argentino fez questão de passar confiança ao jogador.

"O Bobô tem um futuro promissor. Ele tem meu respaldo incondicional e muito potencial. Mas futebol nem sempre é exato, nem sempre 2 + 2 são 4, é mais como medicina. Para o 2 + 2 ser 4, temos que trabalhar. Acho que ele está tendo má sorte. Mas tem meu apoio", afirmou o treinador corintiano.

Os companheiros de equipe de Bobô, que fez um gol em 38 jogos pelo Corinthians, também já deram apoio ao jogador. Segundo eles, o atacante faz um trabalho muito importante para a equipe.

"O Bobô tem toda a confiança do grupo. No campo, ele ajuda muito e as pessoas não percebem. Ele segura bem a bola na frente e já nos ajudou contra o Santo André", afirmou o meia Carlos Alberto.

O técnico Daniel Passarella espera que o atacante acerte o pé na partida contra o Cianorte para ajudar na classificação do Corinthians para a terceira fase da Copa do Brasil.

"Tenho certeza de que não existe ninguém mais interessado que ele em fazer um gol e ir comemorar com a torcida", disse Passarella.