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Alto do preço do pão pode pressionar inflação em abril
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) poderá sofrer um impacto de 0,23 ponto porcentual em 30 dias caso o aumento do pão francês seja de 20%, conforme vêm afirmando representantes de panificadoras.
O cálculo foi feito hoje pelo coordenador do Índice, Paulo Picchetti, que levou em consideração o preço médio de R$ 0,20, apurado pela Fundação. Segundo ele, o pãozinho representa 1,27% do IPC da Fipe, que leva em consideração o consumo médio de 100 unidades do produto semanalmente em uma família formada por quatro pessoas.
"Fiz o cálculo mais por curiosidade, já que, como ocorreu com o álcool no passado, o aumento pode não vir a se concretizar nessa magnitude", disse. Em 2004, usineiros afirmavam que o preço do combustível seria elevado em 20% para os consumidores, devido a um problema de oferta gerada por instabilidade climática, mas isso não se confirmou.
Picchetti lembrou também que apesar do trigo ter apresentado um aumento de 27,19% no Índice de Preços ao Produtor (IPR) em março ante fevereiro, em função da estiagem no Sul do País e da elevação da cotação do dólar, a Fipe registrou uma elevação de apenas 0,03% no período em derivados do produto, como pão, farinha e massas.
Inflação em abril
De acordo com Picchetti, a inflação na capital paulista em abril deverá ficar em 0,45%. Contudo, nesta projeção, Picchetti não levou em conta um possível aumento do pão francês. "Prefiro esperar para ver como este reajuste realmente chegará ao consumidor antes de incluir em minha projeção", comentou.
Para chegar a esta variação, Picchetti calculou que o reajuste de 17,65% do preço das passagens de ônibus em São Paulo, que entrou em vigor há um mês, ainda vai gerar um resquício de 0,09 ponto porcentual este mês. No IPC-Fipe de março, o item ônibus subiu 13,32%, representando uma contribuição de 0,55 ponto porcentual.
O coordenador também prevê um impacto de 0,01 ponto porcentual para este mês de itens, como lotação, ônibus-integração e conta de telefonia celular. Além disso, ele projeta um impacto de 0,14 ponto porcentual, decorrente do aumento concedido pela Anvisa no último dia 31 para medicamentos.
Picchetti lembrou que, como a agência ainda não divulgou qual será o porcentual de reajuste de cada remédio, ele fez as contas baseado em um aumento médio de 6,64%. Desta forma, o IPC deste mês já começa em 0,25%. O restante para atingir 0,45% deverá vir, segundo ele, de diferentes itens de vários grupos.
Inflação no ano
Ele manteve a perspectiva de que a inflação em São Paulo encerrará 2005 dentro do intervalo de 5% a 5,5%. "O único obstáculo que vislumbro e que pode vir a interferir nestes números é um possível aumento dos combustíveis, concedido pela Petrobras", disse Picchetti, salientando que, como em 2004, ele não alterará suas previsões até saber "quando, quanto e se" o aumento virá.
O cálculo foi feito hoje pelo coordenador do Índice, Paulo Picchetti, que levou em consideração o preço médio de R$ 0,20, apurado pela Fundação. Segundo ele, o pãozinho representa 1,27% do IPC da Fipe, que leva em consideração o consumo médio de 100 unidades do produto semanalmente em uma família formada por quatro pessoas.
"Fiz o cálculo mais por curiosidade, já que, como ocorreu com o álcool no passado, o aumento pode não vir a se concretizar nessa magnitude", disse. Em 2004, usineiros afirmavam que o preço do combustível seria elevado em 20% para os consumidores, devido a um problema de oferta gerada por instabilidade climática, mas isso não se confirmou.
Picchetti lembrou também que apesar do trigo ter apresentado um aumento de 27,19% no Índice de Preços ao Produtor (IPR) em março ante fevereiro, em função da estiagem no Sul do País e da elevação da cotação do dólar, a Fipe registrou uma elevação de apenas 0,03% no período em derivados do produto, como pão, farinha e massas.
Inflação em abril
De acordo com Picchetti, a inflação na capital paulista em abril deverá ficar em 0,45%. Contudo, nesta projeção, Picchetti não levou em conta um possível aumento do pão francês. "Prefiro esperar para ver como este reajuste realmente chegará ao consumidor antes de incluir em minha projeção", comentou.
Para chegar a esta variação, Picchetti calculou que o reajuste de 17,65% do preço das passagens de ônibus em São Paulo, que entrou em vigor há um mês, ainda vai gerar um resquício de 0,09 ponto porcentual este mês. No IPC-Fipe de março, o item ônibus subiu 13,32%, representando uma contribuição de 0,55 ponto porcentual.
O coordenador também prevê um impacto de 0,01 ponto porcentual para este mês de itens, como lotação, ônibus-integração e conta de telefonia celular. Além disso, ele projeta um impacto de 0,14 ponto porcentual, decorrente do aumento concedido pela Anvisa no último dia 31 para medicamentos.
Picchetti lembrou que, como a agência ainda não divulgou qual será o porcentual de reajuste de cada remédio, ele fez as contas baseado em um aumento médio de 6,64%. Desta forma, o IPC deste mês já começa em 0,25%. O restante para atingir 0,45% deverá vir, segundo ele, de diferentes itens de vários grupos.
Inflação no ano
Ele manteve a perspectiva de que a inflação em São Paulo encerrará 2005 dentro do intervalo de 5% a 5,5%. "O único obstáculo que vislumbro e que pode vir a interferir nestes números é um possível aumento dos combustíveis, concedido pela Petrobras", disse Picchetti, salientando que, como em 2004, ele não alterará suas previsões até saber "quando, quanto e se" o aumento virá.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/348873/visualizar/
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