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Pesquisa da CNI mostra expansão do mercado de trabalho em fevereiro
Brasília - Os Indicadores Industriais de fevereiro, divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), tiveram variação positiva, se comparados aos de janeiro. O dado mais animador diz respeito à expansão do mercado de trabalho, que, segundo a CNI, "segue vigoroso", principalmente no segmento do emprego industrial. Em fevereiro, o contingente de trabalhadores na indústria de transformação aumentou 0,23% em comparação com o mês anterior, após ajuste sazonal. Fevereiro foi o 14º mês consecutivo de variação positiva nesta comparação. A CNI realiza mensalmente a pesquisa, ouvindo cerca de três mil empresas em todo o país.
Para o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, esse dado positivo, que não tem mostrado nenhuma acomodação, "é um sinal de que as empresas estão percebendo as dificuldades como momentâneas, conjunturais, e de que a trajetória do crescimento da economia brasileira e da indústria em especial no longo prazo vai se manter".
No entanto, a pesquisa mostra que esse quadro não reverte o enfraquecimento do ritmo de crescimento da atividade industrial neste início de ano. "Apenas compensa parte da expressiva queda observada em janeiro", disse Castelo Branco. Para ele, tal comportamento pode ser melhor observado quando se analisam as variantes das vendas reais, que caíram no terceiro e no quarto trimestre de 2004, e os dados preliminares do primeiro trimestre de 2005, que seguem apontando para uma continuidade de queda.
As vendas reais da indústria de transformação cresceram 2,85% em relação a janeiro. Na comparação com 2004, as vendas aumentaram 5,86%. Castelo Branco afirmou que o resultado positivo não significa recuperação da atividade industrial, devido à queda expressiva de 3,20% ocorrida em janeiro. Ele disse que a queda das vendas industriais e a acomodação da atividade industrial resultam da elevação da taxa de juros, que vem desde setembro.
O coordenador de Política Econômica da CNI disse, entretanto, que quando se avaliam os indicadores de vendas apenas de faturamento, em que o declínio é mais forte, a explicação para a queda é também a valorização da taxa de câmbio. "Com a taxa de câmbio se apreciando nos últimos meses, o mesmo faturamento em dólar das empresas exportadoras corresponde a um faturamento menor em reais, que é a medida que a indústria tem como indicador".
A pesquisa mostra ainda outros indicadores, como salários líquidos, horas trabalhadas na produção industrial e utilização da capacidade instalada. A massa real de salários de fevereiro, conforme a pesquisa, ampliou-se em 8,07%, relativamente ao mesmo mês do ano passado. "Na comparação entre os primeiros bimestres de 2005 e de 2004, observa-se expansão de 8,74%, a maior taxa de crescimento para um início de ano desde 1995", destaca a pesquisa.
Quanto às horas trabalhadas, os Indicadores da CNI evidenciam que em fevereiro houve redução de 0,91% em relação ao mês anterior, mas, como tratou-se de um mês de 28 dias e houve o período de carnaval, a diminuição das horas de trabalho refletiu o padrão sazonal. "Descontando esse efeito, tem-se crescimento de 0,82%". Já a utilização da capacidade instalada mostra que a indústria operou com 80,6% de sua capacidade. O índice está no mesmo nível do mês anterior, que foi de 80,7%. Desde 1992, quando a pesquisa foi criada, "não se observa um começo de ano com um nível de utilização de capacidade tão alto", diz a CNI.
Ao divulgar a pesquisa, Castelo Branco criticou a política monetária do governo, que considera "um freio para a atividade industrial". Para ele, o aumento de taxas de juros nunca estimula o crescimento. "Quanto mais tempo a taxa de juros permanecer elevada, maiores serão os danos para a atividade industrial", afirmou.
Castelo Branco ressaltou que os números de fevereiro vêm positivos na comparação com o mês anterior, mas observou que, em parte, isso é devido à queda ocorrida em janeiro. "Quando olhamos a perspectiva dos três últimos meses, podemos dizer que a economia está mais ou menos parada. Os indicadores de fevereiro são próximos ou um pouco mais baixos do que os de novembro", observou Castelo Branco.
Para o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, esse dado positivo, que não tem mostrado nenhuma acomodação, "é um sinal de que as empresas estão percebendo as dificuldades como momentâneas, conjunturais, e de que a trajetória do crescimento da economia brasileira e da indústria em especial no longo prazo vai se manter".
No entanto, a pesquisa mostra que esse quadro não reverte o enfraquecimento do ritmo de crescimento da atividade industrial neste início de ano. "Apenas compensa parte da expressiva queda observada em janeiro", disse Castelo Branco. Para ele, tal comportamento pode ser melhor observado quando se analisam as variantes das vendas reais, que caíram no terceiro e no quarto trimestre de 2004, e os dados preliminares do primeiro trimestre de 2005, que seguem apontando para uma continuidade de queda.
As vendas reais da indústria de transformação cresceram 2,85% em relação a janeiro. Na comparação com 2004, as vendas aumentaram 5,86%. Castelo Branco afirmou que o resultado positivo não significa recuperação da atividade industrial, devido à queda expressiva de 3,20% ocorrida em janeiro. Ele disse que a queda das vendas industriais e a acomodação da atividade industrial resultam da elevação da taxa de juros, que vem desde setembro.
O coordenador de Política Econômica da CNI disse, entretanto, que quando se avaliam os indicadores de vendas apenas de faturamento, em que o declínio é mais forte, a explicação para a queda é também a valorização da taxa de câmbio. "Com a taxa de câmbio se apreciando nos últimos meses, o mesmo faturamento em dólar das empresas exportadoras corresponde a um faturamento menor em reais, que é a medida que a indústria tem como indicador".
A pesquisa mostra ainda outros indicadores, como salários líquidos, horas trabalhadas na produção industrial e utilização da capacidade instalada. A massa real de salários de fevereiro, conforme a pesquisa, ampliou-se em 8,07%, relativamente ao mesmo mês do ano passado. "Na comparação entre os primeiros bimestres de 2005 e de 2004, observa-se expansão de 8,74%, a maior taxa de crescimento para um início de ano desde 1995", destaca a pesquisa.
Quanto às horas trabalhadas, os Indicadores da CNI evidenciam que em fevereiro houve redução de 0,91% em relação ao mês anterior, mas, como tratou-se de um mês de 28 dias e houve o período de carnaval, a diminuição das horas de trabalho refletiu o padrão sazonal. "Descontando esse efeito, tem-se crescimento de 0,82%". Já a utilização da capacidade instalada mostra que a indústria operou com 80,6% de sua capacidade. O índice está no mesmo nível do mês anterior, que foi de 80,7%. Desde 1992, quando a pesquisa foi criada, "não se observa um começo de ano com um nível de utilização de capacidade tão alto", diz a CNI.
Ao divulgar a pesquisa, Castelo Branco criticou a política monetária do governo, que considera "um freio para a atividade industrial". Para ele, o aumento de taxas de juros nunca estimula o crescimento. "Quanto mais tempo a taxa de juros permanecer elevada, maiores serão os danos para a atividade industrial", afirmou.
Castelo Branco ressaltou que os números de fevereiro vêm positivos na comparação com o mês anterior, mas observou que, em parte, isso é devido à queda ocorrida em janeiro. "Quando olhamos a perspectiva dos três últimos meses, podemos dizer que a economia está mais ou menos parada. Os indicadores de fevereiro são próximos ou um pouco mais baixos do que os de novembro", observou Castelo Branco.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/348899/visualizar/
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