O presidente egípcio, Mohamed Mursi, pediu neste sábado um referendo sobre um projeto de constituição em 15 de dezembro e pelo menos 200 mil islamistas protestaram no Cairo para apoiá-lo, depois da fúria da oposição com seus poderes recém-expandidos.
Falando depois de receber o projeto final da constituição da assembleia dominada por islamistas, Mursi pediu um diálogo nacional enquanto o país se aproxima do fim da transição do regime de Hosni Mubarak.
"Renovo meu pedido para a abertura de um diálogo nacional sério sobre as preocupações da nação, com toda a honestidade e imparcialidade, para por fim ao período de transição o mais rápido possível, de um modo que garanta a democracia recém-nascida", disse.
Mursi mergulhou o Egito em uma nova crise na semana passada, quando deu a si mesmo poderes ampliados e colocou suas decisões além do alcance judicial, dizendo que esta era uma medida temporária para acelerar a transição democrática do Egito até que uma nova constituição entre em vigor.
Sua declaração de autoridade em um decreto emitido em 22 de novembro, um dia depois de ser louvado mundialmente por intermediar uma trégua em Gaza entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, consternou seus adversários e aumentou as divisões entre os 83 milhões de egípcios.
(Reportagem de Alistair Lyon e Tamim Elyan)
Comentários