Pelo menos 20 mortos e 1.800 contagiados com cólera no Senegal

Pelo menos vinte pessoas morreram por causa de um surto de cólera originado na região central do Senegal, e cerca de 1.800 casos foram registrados até o momento, informaram nesta terça-feira porta-vozes do Ministério de Saúde Pública senegalês. O surto epidêmico, que se originou na região de Diourbel, a cerca de 140 quilômetros a leste de Dacar, se estendeu a todas as regiões do país, segundo as fontes citadas por emissoras de rádio locais.

A peregrinação religiosa realizada na semana passada na cidade de Touba, também na região de Diourbel, um evento no qual milhares de pessoas estiveram presentes, foi considerada a causa da rápida propagação da doença, já que numerosos doentes foram identificados como peregrinos.

As cidades de Pikine (nos arredores de Dacar), Kaolack, Mbour (centro), Louga (norte) e Tambacounda (leste) foram as regiões mais afetadas pela epidemia que avança a um "ritmo preocupante", apesar das medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades sanitárias, afirmaram as fontes.

O ministro de Saúde Pública, Issa Mbaye Samb, admitiu que a situação é "preocupante" em declarações aos meios de comunicação que destacam nesta terça-feira o número crescente de doentes que procuram diariamente os serviços médicos de algumas aldeias.

O ministro afirmou que foram adotadas novas disposições para tornar mais eficaz a luta contra a epidemia, que consistem na mobilização de equipes de saúde e a realização de campanhas informativas.

Com o apoio dos meios de comunicação, o Ministério da Saúde Pública está realizando uma campanha de sensibilização da população em que divulga as medidas de higiene que devem ser tomadas para evitar o contágio com cólera, conhecido também como a "doença das mãos sujas".

A escassez de água potável em algumas cidades do interior senegalês é considerada uma das causas da extensão do surto.