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Superávit comercial é surpresa positiva
São Paulo - O superávit de US$ 293 milhões da balança comercial na primeira semana de abril, divulgado ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, é uma surpresa positiva, avaliou o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Nogueira Batista Júnior. "A expectativa no final do ano passado era de que nós já começássemos a sentir no início deste ano os efeitos da valorização cambial ocorrida em 2003, e sobretudo em 2004. E novamente as exportações e o resultado da balança comercial estão surpreendo favoravelmente", afirmou durante entrevista ao Conta Corrente, da "Globo News".
Nogueira Batista Jr. atribuiu o resultado positivo ao fato de a demanda internacional pelos produtos brasileiros continuar relativamente aquecida. "A economia americana continua crescendo de maneira expressiva e a chinesa também. A previsão de uma queda generalizada nos preços de commodities não se confirmou. Então, de uma maneira geral, a reação brasileira nessa área tem sido este ano e em anos anteriores uma surpresa quase sempre favorável."
De acordo com o professor da FGV, é possível que este ano a economia brasileira seja puxada mais uma vez pelas exportações. "Está havendo uma reavaliação das expectativas em relação ao comércio exterior e à política de juros do Banco Central, que tem sido muito mais rígida do que se imaginava há alguns meses. No ano passado, na realidade, as exportações contribuíram menos do que a demanda interna para o crescimento, e até pode acontecer que essa relação se inverta em 2005."
Indagado se o calendário eleitoral poderá provocar um aumento da dívida pública em relação ao PIB, Nogueira Jr. foi taxativo: "Se a dívida pública voltar a crescer em relação ao PIB, isso vai ser culpa em parte do Banco Central, que está praticando juros extraordinariamente altos, que danificam as finanças públicas e contribuem para o crescimento da dívida."
O professor comentou também que alta no preço do petróleo pode levar a uma eventual crise externa, que, segundo analistas do mercado, afetaria a retomada do crescimento na economia brasileira. "É um preço suficientemente importante para gerar uma pressão negativa sobre o crescimento dos principais países, com efeito sobre a exportação brasileira, por um lado, e o choque de preços, por outro." Nogueira Jr. ressalta que este choque pode fazer com que o Fed, o Banco Central americano, eleve a taxa de juros nos Estados Unidos de maneira mais rápida, desestabilizando assim o mercado financeiro.
Paulo Nogueira classificou como positiva a decisão do governo brasileiro de não renovar o acordo com o FMI este ano. "O Brasil agora vai caminhar com as próprias pernas. O País já tinha, desde 1998, acordos com o FMI. Não é normal que um país fique tanto tempo sob as asas do Fundo. Eu desconfio que o FMI estava um pouco ansioso para se ver livre do Brasil, um cliente grande que já tem condições de dispensar ajuda financeira."
Nogueira Batista Jr. atribuiu o resultado positivo ao fato de a demanda internacional pelos produtos brasileiros continuar relativamente aquecida. "A economia americana continua crescendo de maneira expressiva e a chinesa também. A previsão de uma queda generalizada nos preços de commodities não se confirmou. Então, de uma maneira geral, a reação brasileira nessa área tem sido este ano e em anos anteriores uma surpresa quase sempre favorável."
De acordo com o professor da FGV, é possível que este ano a economia brasileira seja puxada mais uma vez pelas exportações. "Está havendo uma reavaliação das expectativas em relação ao comércio exterior e à política de juros do Banco Central, que tem sido muito mais rígida do que se imaginava há alguns meses. No ano passado, na realidade, as exportações contribuíram menos do que a demanda interna para o crescimento, e até pode acontecer que essa relação se inverta em 2005."
Indagado se o calendário eleitoral poderá provocar um aumento da dívida pública em relação ao PIB, Nogueira Jr. foi taxativo: "Se a dívida pública voltar a crescer em relação ao PIB, isso vai ser culpa em parte do Banco Central, que está praticando juros extraordinariamente altos, que danificam as finanças públicas e contribuem para o crescimento da dívida."
O professor comentou também que alta no preço do petróleo pode levar a uma eventual crise externa, que, segundo analistas do mercado, afetaria a retomada do crescimento na economia brasileira. "É um preço suficientemente importante para gerar uma pressão negativa sobre o crescimento dos principais países, com efeito sobre a exportação brasileira, por um lado, e o choque de preços, por outro." Nogueira Jr. ressalta que este choque pode fazer com que o Fed, o Banco Central americano, eleve a taxa de juros nos Estados Unidos de maneira mais rápida, desestabilizando assim o mercado financeiro.
Paulo Nogueira classificou como positiva a decisão do governo brasileiro de não renovar o acordo com o FMI este ano. "O Brasil agora vai caminhar com as próprias pernas. O País já tinha, desde 1998, acordos com o FMI. Não é normal que um país fique tanto tempo sob as asas do Fundo. Eu desconfio que o FMI estava um pouco ansioso para se ver livre do Brasil, um cliente grande que já tem condições de dispensar ajuda financeira."
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349085/visualizar/
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