Modernidade será o desafio do novo papa

São Paulo - Para o professor e filósofo Tarcísio Padilha, o novo papa deverá ser comunicador e aberto aos desafios da modernidade. "João Paulo II aumentou enormemente as fronteiras da Igreja no mundo atual, com o seu dom extraordinário de comunicador. É natural que esse fator seja muito levado em conta. Não se admitiria agora um papa reticente, reservado", afirmou o professor entrevistado pelo Jornal da Dez, da "Globo News".

Padilha comentou que há ainda outros desafios para a modernidade dentro da Igreja. "Existem outros cardeais que chamam a atenção para problemas científicos e tecnológicos. De modo que tudo isso deve estar sendo objeto de conversas informais." Sobre o favoritismo do arcebispo de são Paulo, Cláudio Hummes, à sucessão de João Paulo II, ele atribui isso ao fato de ele "ser o homem da tradição e o homem da modernidade". De acordo com Padilha, o papa tem que ser aparentemente contraditório. "Precisa levar em conta os desafios da sociedade, das nações novas, dos seus apelos em favor da paz. Eu acho que Hummes tem essas características."