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Retorno de ex-presidentes muda política no Equador
O regresso de dois ex-presidentes ao Equador, depois de uma polêmica decisão da Corte Suprema de Justiça (CSJ) na semana passada, deu origem a um novo mapa político no país.
A CSJ anulou no dia 31 de março os processos penais por supostos crimes de corrupção contra os ex-presidentes Abdalá Bucaram e Gustavo Noboa e o ex-vice-presidente Alberto Dahik, que retornarão de seus exílios no Panamá, na República Dominicana e na Costa Rica, respectivamente.
Bucaram, que permaneceu oito anos no Panamá, depois de ter sido destituído pelo Parlamento, em fevereiro de 1997 - quando foi declarado incapacitado mentalmente para governar - disse no sábado que seu regresso causará "um tsunami político" e que é "invencível nas urnas".
Esta apreciação é compartilhada por analistas, que sustentam que a presença de Bucaram, líder máximo do Partido Roldosista Equatoriano (PRÉ-populista) -principal aliado do governo do presidente Lucio Gutiérrez-, agitará as bases eleitorais tendo em vista as eleições presidenciais de 2006.
Por sua vez, o independente Gustavo Noboa, que pediu asilo na República Dominicana depois de ser acusado também de corrupção, deixou entrever que poderia concorrer às próximas eleições presidenciais.
Para o analista político Jorge Vivanco, a volta de Bucaram gerará mudanças no palco eleitoral equatoriano e um "clima de incerteza".
Opinou que o próprio presidente Gutiérrez "se converterá em aliado de Bucaram", que publicamente lhe agradeceu a possibilidade de ter concretizado seu regresso ao país.
Bucaram é nativo de Guayaquil, pólo econômico do Equador, onde compete politicamente com o ex-presidente León Febres Cordero.
A decisão da Corte Suprema foi seriamente criticada pela oposição.
Nesta segunda-feira, na cidade suíça de Genebra, o relator especial sobre a independência dos juízes e advogados da ONU, Leandro Despouy, comentou que a designação da atual Corte Suprema do Equador se reveste de "manifesta inconstitucionalidade".
A CSJ anulou no dia 31 de março os processos penais por supostos crimes de corrupção contra os ex-presidentes Abdalá Bucaram e Gustavo Noboa e o ex-vice-presidente Alberto Dahik, que retornarão de seus exílios no Panamá, na República Dominicana e na Costa Rica, respectivamente.
Bucaram, que permaneceu oito anos no Panamá, depois de ter sido destituído pelo Parlamento, em fevereiro de 1997 - quando foi declarado incapacitado mentalmente para governar - disse no sábado que seu regresso causará "um tsunami político" e que é "invencível nas urnas".
Esta apreciação é compartilhada por analistas, que sustentam que a presença de Bucaram, líder máximo do Partido Roldosista Equatoriano (PRÉ-populista) -principal aliado do governo do presidente Lucio Gutiérrez-, agitará as bases eleitorais tendo em vista as eleições presidenciais de 2006.
Por sua vez, o independente Gustavo Noboa, que pediu asilo na República Dominicana depois de ser acusado também de corrupção, deixou entrever que poderia concorrer às próximas eleições presidenciais.
Para o analista político Jorge Vivanco, a volta de Bucaram gerará mudanças no palco eleitoral equatoriano e um "clima de incerteza".
Opinou que o próprio presidente Gutiérrez "se converterá em aliado de Bucaram", que publicamente lhe agradeceu a possibilidade de ter concretizado seu regresso ao país.
Bucaram é nativo de Guayaquil, pólo econômico do Equador, onde compete politicamente com o ex-presidente León Febres Cordero.
A decisão da Corte Suprema foi seriamente criticada pela oposição.
Nesta segunda-feira, na cidade suíça de Genebra, o relator especial sobre a independência dos juízes e advogados da ONU, Leandro Despouy, comentou que a designação da atual Corte Suprema do Equador se reveste de "manifesta inconstitucionalidade".
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349135/visualizar/
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