Repórter News - reporternews.com.br
Arcebispo de Milão é aclamado como papa por fiéis
Os habitantes de Milão se anteciparam ao conclave e dão por certo a vitória do arcebispo da cidade, Dionigi Tettamanzi, na eleição do novo Papa.
"Viva o novo papa, viva o novo papa", entoava em coro a multidão do lado de fora da catedral de Milão, diante da aparição surpresa do cardeal Tettamanzi, pouco antes de celebrar o ato final da missa em lembrança do papa João Paulo II, no domingo.
"Per Bacco" (por Baco), exclamou o cardeal, ao se aproximar dos fiéis enquanto era quase "atropelado" por seguranças, jornalistas e fotógrafos. Crianças, jovens, adultos e idosos se espremiam para tentar tocar as mãos do principal candidato italiano ao trono de Pedro.
Durante nove minutos, ele deixou os dez mil fiéis sozinhos dentro da imensa catedral gótica e optou em dar a bênção àqueles outros dez mil excluídos da missa porque tinham chegado tarde demais.
Presentes
A todos, o cardeal distribuía acenos, sorrisos e alguns presentes. A um colaborador pediu que fosse dada a uma menina a medalha com a imagem da Virgem Maria.
Tanta adoração e torcida têm as suas razões de ser. Dionigi Tettamanzi nasceu em Brianza, como é chamada a região norte de Milão - e por isso é considerado quase um milanês.
Professor de teologia moral e especialista em bioética ¿ um dos grandes desafios do próximo Papa ¿, ele construiu a sua história ao longo do pontificado de João Paulo II de quem foi redator de discursos.
Não por acaso, o falecido papa o nomeou arcebispo de Milão, em julho de 2002, um posto hierárquico importante e fundamental para um papabili, como os italianos chamam os candidatos potencias em qualquer eleição.
Antes de Milão, Dionigi Tettamanzi foi arcebispo de Gênova. Durante o encontro dos G-8, em 2002, o cardeal tomou o partido dos manifestantes "no global" no conflito com a polícia.
"Se ele convenceu os genoveses que são duros na queda, significa que ele é um grande cardeal, além disso tem uma grande simpatia para atrair os jovens, como demonstrou aqui, e esta deve ser uma característica do próximo Papa", disse à BBC Brasil a genovesa Ilana Coltella, plantada em pé a porta do Duomo.
Apostas
O cardeal Dionigi Tettamanzi já está em Roma onde vai participar do conclave de cardeais.
As casas de aposta britânicas cotam a candidatura de Tettamanzi em primeiro lugar, seguido de perto do cardeal nigeriano Francis Grinze, Prefeito para a Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e do arcebispo de Tegucicalpa, o hondurenho Oscar Maradiaga.
Segundo especialistas em assuntos do Vaticano, o próximo papa deverá ser humano, simpático, forte na defesa da doutrina da fé, próximo aos frágeis e marginalizados, aberto ao diálogo com outras religiões e determinado nas frentes da globalização, da pobreza e da bioética.
Uma freira, na saída da missa rezada pelo cardeal, disse que o próximo papa deverá ser "uma pessoa adaptada aos tempos de hoje".
Para os milaneses, o arcebispo da cidade atende a todos estes pré-requisitos. "Ele não tem a imagem bela, alta do papa João Paulo II, mas é grande e me inspira", afirmou uma fiel.
"Per Bacco" (por Baco), exclamou o cardeal, ao se aproximar dos fiéis enquanto era quase "atropelado" por seguranças, jornalistas e fotógrafos. Crianças, jovens, adultos e idosos se espremiam para tentar tocar as mãos do principal candidato italiano ao trono de Pedro.
Durante nove minutos, ele deixou os dez mil fiéis sozinhos dentro da imensa catedral gótica e optou em dar a bênção àqueles outros dez mil excluídos da missa porque tinham chegado tarde demais.
Presentes
A todos, o cardeal distribuía acenos, sorrisos e alguns presentes. A um colaborador pediu que fosse dada a uma menina a medalha com a imagem da Virgem Maria.
Tanta adoração e torcida têm as suas razões de ser. Dionigi Tettamanzi nasceu em Brianza, como é chamada a região norte de Milão - e por isso é considerado quase um milanês.
Professor de teologia moral e especialista em bioética ¿ um dos grandes desafios do próximo Papa ¿, ele construiu a sua história ao longo do pontificado de João Paulo II de quem foi redator de discursos.
Não por acaso, o falecido papa o nomeou arcebispo de Milão, em julho de 2002, um posto hierárquico importante e fundamental para um papabili, como os italianos chamam os candidatos potencias em qualquer eleição.
Antes de Milão, Dionigi Tettamanzi foi arcebispo de Gênova. Durante o encontro dos G-8, em 2002, o cardeal tomou o partido dos manifestantes "no global" no conflito com a polícia.
"Se ele convenceu os genoveses que são duros na queda, significa que ele é um grande cardeal, além disso tem uma grande simpatia para atrair os jovens, como demonstrou aqui, e esta deve ser uma característica do próximo Papa", disse à BBC Brasil a genovesa Ilana Coltella, plantada em pé a porta do Duomo.
Apostas
O cardeal Dionigi Tettamanzi já está em Roma onde vai participar do conclave de cardeais.
As casas de aposta britânicas cotam a candidatura de Tettamanzi em primeiro lugar, seguido de perto do cardeal nigeriano Francis Grinze, Prefeito para a Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e do arcebispo de Tegucicalpa, o hondurenho Oscar Maradiaga.
Segundo especialistas em assuntos do Vaticano, o próximo papa deverá ser humano, simpático, forte na defesa da doutrina da fé, próximo aos frágeis e marginalizados, aberto ao diálogo com outras religiões e determinado nas frentes da globalização, da pobreza e da bioética.
Uma freira, na saída da missa rezada pelo cardeal, disse que o próximo papa deverá ser "uma pessoa adaptada aos tempos de hoje".
Para os milaneses, o arcebispo da cidade atende a todos estes pré-requisitos. "Ele não tem a imagem bela, alta do papa João Paulo II, mas é grande e me inspira", afirmou uma fiel.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349160/visualizar/
Comentários